quinta-feira, 10 de maio de 2012

Cresamu Câmara deve acatar denúncia e pedir afastamento da coordenadora


Marly Inês dos Reis Monteiro Garcia foi denunciada por assédio moral contra os motoristas das ambulâncias
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho


A coordenadora Marly dos Reis é investigada
A Câmara Municipal vai apresentar na sessão da próxima terça-feira, o relatório final das investigações sobre as denúncias de prática de assédio moral contra os motoristas e utilização de ambulâncias para serviços particulares supostamente cometidas pela coordenadora do Consórcio Regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Cresamu), Marly Inês dos Reis Monteiro Garcia. O documento, que será encaminhado à Prefeitura, deverá recomendar que o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) afaste a acusada das funções. 
As testemunhas ouvidas pela Comissão de Saúde do Legislativo, grupo responsável pela apuração do caso, teriam confirmado todas as denúncias feitas pelo vereador Nabil Nahi Safiti (PSD), durante a sessão ordinária de 14 de março. "Mais de 10 funcionários", como informou o presidente da Comissão de Saúde, o vereador Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra, foram ouvidos. 
Chico Bezerra e o relator do processo de investigação, Mauro Araújo (PMDB), não quiseram revelar os detalhes do documento que será apresentado na próxima semana. Araújo revelou apenas que os depoimentos apontaram para "alguns desvios de conduta". Questionado sobre quais desvios seriam estes, ele se esquivou. "Já temos em mãos um pré-relatório e o que posso divulgar neste momento é que faremos algumas sugestões ao prefeito. O posicionamento da Comissão será o posicionamento oficial da Câmara sobre este assunto", disse.


As recomendações serão apresentadas em plenário e caberá aos parlamentares acatarem ou não o parecer. Caso ele seja aprovado pela maioria dos vereadores, o documento seguirá ao Executivo. 
As denúncias feitas por Safiti e confirmadas pelos funcionários do Cresamu apontam que Marly "utilizaria termos de baixo calão ao conversar com os motoristas pelo rádio". Das acusações reveladas, a mais grave é a utilização das ambulâncias para "serviço de táxi", como o próprio vereador denunciante definiu. Marly usaria os veículos para levá-la a reuniões. Elas ficariam paradas em média de três a quatro horas. 
O vereador revelou, ainda, que o secretário municipal de Saúde, Paulo Villas Bôas de Carvalho, e o adjunto, Marcello Delascio Cusatis, tinham conhecimento dos problemas. "Os motoristas comunicaram os secretários sobre o comportamento da coordenadora, mas ela trabalha com eles há mais de 15 anos", salientou o parlamentar na época em que divulgou as supostas irregularidades. Safiti disse, na ocasião, que teria sido procurado por trabalhadores "que não suportavam mais esta situação".


Fonte:Mogi News