terça-feira, 15 de maio de 2012

Irregularidades Câmara conclui relatório e pede saída de chefe do Samu


Segundo vereadores, acusações foram confirmadas por meio de depoimentos de funcionários
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Marly Garcia é acusada de ofender funcionários, desviar funções de servidores e usar ambulâncias para trabalhos administrativos
Os vereadores de Mogi das Cruzes aprovaram por unanimidade, durante a sessão de ontem na Câmara Municipal, o relatório final da Comissão Permanente de Saúde que comprovou, por meio de depoimentos de funcionários, as irregularidades cometidas pela coordenadora do Consórcio Regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Cresamu), Marly Inês dos Reis Monteiro Garcia. Os vereadores encaminharam um ofício à Prefeitura que sugere a abertura de um procedimento administrativo e de um processo disciplinar para averiguar a conduta da servidora. 
A Prefeitura terá 15 dias úteis para apresentar quais medidas foram adotadas. Se nenhuma ação for adotada por parte do Executivo, os vereadores "se reservam no direito de providenciar a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), com poderes investigatórios, e de, ao final dos trabalhos, acionar o Ministério Público do Estado". 
Apesar de o relatório sugerir que a administração municipal investigue a coordenadora, o objetivo dos parlamentares é que o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) afaste Marly do cargo. 
Sete irregularidades cometidas pela coordenadora são apontadas no relatório da Comissão de Saúde, que teve como relator o vereador Mauro Araújo (PMDB). Entre as denúncias estão: ofensas de ordem moral contra os funcionários; falta de manutenção de ambulâncias e equipamentos; desvio de função de servidores que trabalham no órgão; e uso de ambulâncias de resgate para serviços administrativos.


O fato de a coordenadora não ter sido ouvida pela Comissão de Saúde foi criticada por alguns vereadores. Olímpio Tomiyama (PSC) foi um dos que defenderam o depoimento da acusada. A justificativa apresentada pelo relator, o presidente da Comissão, Francisco Moacir Bezerra (PSB), e o presidente do Legislativo, Rubens Benedito Fernandes (PR), o Bibo, foi de que o trabalho do grupo "não é um processo disciplinar, mas um documento que possa servir de subsídio para que o Executivo tome as devidas providências".


Fonte:Mogi News