quarta-feira, 9 de maio de 2012

Funcionário fantasma Pedro Komura prepara sua defesa


Segundo o vereador, há uma norma em que o servidor não precisa necessariamente trabalhar dentro da Câmara
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Amilson Ribeiro

Pedro Komura: "Minha defesa está pronta e estou tranquilo"
O vereador Pedro Komura (PSDB) revelou na tarde de ontem a linha defesa que será adotada contra o pedido de cassação. O tucano é acusado de manter um funcionário fantasma. Segundo ele, "há um ato interno que define ser uma prerrogativa do parlamentar atribuir funções aos servidores, ou seja, ele não precisa necessariamente trabalhar de forma interna na Câmara, caso esteja cumprindo uma determinação". "Se os problemas estão fora do Legislativo, não é lá que ele precisa estar. Não tem nem mesmo lugar para ele se sentar no gabinete", se defendeu. 
O suposto funcionário fantasma seria o presidente da Associação Cultural de Mogi (Bunkyo), Kyoji Nakayama. A denúncia, apresentada pelo advogado Delmiro Govea, indica que o servidor não teria tempo hábil para exercer as duas funções e, ainda, que o cargo estaria sendo ocupado em troca do apoio da colônia japonesa, tendo em vista a candidatura para um novo mandato. 
"Vou trazer as atas das reuniões do Bunkyo que comprovam que os encontros ocorrem à noite. Ele não tem nenhum tipo de remuneração por presidir a entidade", frisou Komura, que garantiu estar "tranquilo", mesmo após o Conselho de Ética da Câmara dar parecer favorável ao processo de cassação. O grupo, presidido por Protássio Ribeiro Nogueira (PSD), considerou que "se trata de uma denúncia grave que precisa ser investigada". 
Nogueira justificou que o resultado serviu para que o vereador "pudesse apresentar a defesa". Mesmo tentando minimizar os efeitos da decisão, a cassação será decidida em plenário. 
Na quarta-feira que vem (16), o presidente da Câmara, Rubens Benedito Fernandes (PR), o Bibo, promete colocar em votação o posicionamento do conselho. Caso seja acatado pela maioria, uma Comissão Parlamentar de Investigação Processante, composta por três membros, será criada. Caberá aos integrantes analisar a denúncia e propor a anulação do mandato. 
Os parlamentares também analisarão o parecer do processo de cassação contra Emília Letícia Rossi Rodrigues (PT do B), por falta de decoro. Diferentemente do que ocorreu no caso do tucano, o Conselho de Ética sugeriu que a vereadora sofra uma advertência por escrito.


Fonte:Mogi News