quarta-feira, 9 de maio de 2012

Advogados ganham papel especial nas próximas eleições

Se as eleições municipais passadas, as primeiras da Cidade com televisão, foram marcadas pelas ações dos homens de marketing, o pleito que se aproxima poderá ter os advogados como personagens de destaque. Com o advento da Lei da Ficha Limpa e a resolução editada no mês de março pelo Tribunal Superior Eleitoral barrando candidatos que tiveram contas rejeitadas em eleições passadas, há indícios de que a próxima disputa seja uma das mais rigorosas já realizadas. Os primeiros sinais do arrocho têm sido dados pela Justiça Eleitoral, que vem fechando o cerco e já anunciando a exigência de recibos até de cabos eleitorais. E isso já está causando uma verdadeira corrida aos escritórios de advocacia mais famosos da Capital e da Região. Virtuais candidatos a prefeito e vereador querem saber se estão em condições legais para disputar as próximas eleições. E, mais que isso, desejam saber também a situação de seus principais adversários. Já se comenta até mesmo a provável existência de um "terceiro turno", que seria disputado nos tribunais, após as apurações finais e anúncio dos vencedores. Algo que faz lembrar a disputa ocorrida em Mogi entre o grupo do empresário Jacob Lopes e os integrantes da "Dobradinha da Esperança", formada por Chico Nogueira e Manoel Bezerra de Melo, que se estendeu por longos anos. Mesmo após a morte de Nogueira e a chegada de Padre Melo à Prefeitura. Enquanto alguns políticos e advogados criticam a judicialização eleitoral, há outros que já tiram proveito disso. Alberto Rollo, o papa do Direito Eleitoral na Capital - que, por sinal, defendeu Chico Nogueira no confronto com os Lopes -, disse ao jornal "Valor" que a procura por políticos é tão grande que seu escritório passou a cobrar R$ 500 a consulta, o que não fazia antes, "já que o interessado, além de se defender, quer comer o fígado do adversário". A continuar dessa forma, com a Justiça Eleitoral jogando duro, uma parte do pleito será disputada nas urnas e uma outra nos tribunais. Vale esperar para conferir.


Fonte:O Diário de Mogi