sábado, 19 de maio de 2012

Caso Grazielly Família pede indenização de R$ 12,4 mi e pensão vitalícia


Ação indenizatória por danos morais e materiais pedida por advogados foi protocolada ontem, no interior de SP
Deize Batinga
De Mogi
Erick Paiatto

Pedido: Advogados querem pensão vitalícia para Cirleide e Gilson, pais de Grazielly, que foi atropelada pelo jet ski
Os advogados da família de Grazielly de Almeida Lames, de 3 anos, protocolaram ontem no Fórum Distrital de Artur Nogueira, no interior de São Paulo, uma ação de indenização por danos materiais e morais com valor superior a R$ 12,4 milhões, além do pedido de uma pensão vitalícia para os pais da vítima que começaria a ser paga no ano em que a criança completaria 16 anos. Ela morreu no dia 18 de fevereiro, depois de ser atropelada por um jet ski enquanto brincava na orla da praia de Guaratuba, em Bertioga.


Na ação, os advogados José Beraldo, William Amanajás e Jeferson Salvetti, pedem que o valor seja pago de forma solidária pelo empresário e dono do jet sky , José Augusto Cardoso Filho, o Zé Cardoso, pelos pais do afilhado dele (o garoto de 13 anos que teria ligado a embarcação e causado ao acidente), pelo dono da marina e mecânica Jet Ski Riviera, Thiago Veloso Lins, e pelo empregado dele, o mecânico Ailton Bispo de Oliveira. "O valor pode parecer exorbitante, mas não há como mensurar o preço de uma vida. O valor pedido na indenização foi feito com base no poder econômico dos acusados e na extensão do dano", explicou Amanajás.


Segundo o documento protocolado no fórum, dos R$ 12.441.142,99, R$ 1.142,99 são referentes aos danos materiais, ou seja, para pagar as despesas que a família teve com o funeral e o translado do corpo da garata para Artur Nogueira, distrito de Campinas, onde moram os pais de Grazielly, Cirleide Rodrigues Lames e Gilson Almeida da Silva. "Também estamos pedindo uma pensão porque se presume que no futuro essa criança poderia ter uma carreira brilhante e viesse a ajudar os pais financeiramente, por isso, em caso de homicídio, a lei prevê que os pais recebam uma pensão mensal".


Na ação de indenização, os advogados pedem para que os acusados comecem a pagar meio salário mínimo aos pais da vítima no ano em que ela completaria 16 anos. Essa quantia subiria para três salários mínimos aos 18 anos e dez salários mínimos quando ela chegaria aos 25 anos. Eles pedem que a pensão seja paga até a morte dos pais dela.


Estado
Os advogados ainda estudam a possibilidade de entrar com uma ação na Vara da Fazenda Pública em São Paulo contra o governo do Estado. "Queremos pedir uma indenização entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões pela demora no resgate e pela desqualificação do hospital para o qual ela foi levada", adiantou o advogado.


Fonte:O DIÁRIO DO ALTO TIETÊ