sexta-feira, 6 de abril de 2012

Levantamento Mais de 36 mil imóveis estão vagos


Segundo o IBGE, apenas em Mogi das Cruzes, 10.646 imóveis estão desocupados por diversos motivos
Delcimar Ferreira
Da Região
Ferraz: Em muitos casos, moradias inacabadas acabam sendo alvo de invasões de famílias sem-teto

A questão da moradia no Brasil é uma situação social sempre conflitante, pois ainda existem diversos terrenos sendo subutilizados e que poderiam ser destinados para a construção de casas, sobretudo para famílias de baixa renda. Por outro lado, existem diversos imóveis prontos, mas totalmente abandonados e que poderiam compor uma política habitacional dos municípios. Nas cidades do Alto Tietê, a situação não é diferente. 
Segundo dados mais recentes do Censo Demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 36.465 imóveis vagos, ou seja, sem qualquer morador dentro. Isso ocorre pelos mais diversos motivos, seja pela falta de conclusão de obras de conjuntos residenciais do governo, seja por despejo no caso de atraso no pagamento do aluguel, seja por desapropriações que tramitam anos na Justiça, enfim, para cada caso há uma particularidade.


Ainda de acordo com o IBGE, existem 44,8 mil pessoas que vivem em áreas inadequadas, consideradas aglomerados urbanos, ou mais popularmente como favelas. Nestes locais, muitas vezes, não há infraestrutura adequada, como rede de água e esgoto. A energia elétrica é obtida clandestinamente e em geral são áreas ocupadas irregularmente. Com tantos imóveis nestas condições seria possível acelerar a redução do déficit habitacional, por exemplo, que tem uma taxa de crescimento média de 3% ao ano.


A situação dos imóveis abandonados já foi até pior há mais de dez anos. Quando o Censo de 2000 foi realizado no País, verificou-se que existiam 44.196 habitações nestas condições. Isto significa dizer que em uma década houve uma queda de 17,5% no total de imóveis sem qualquer morador.


A queda mais significativa neste período foi em Poá, quando no ano 2000 foi registrada a existência de pouco mais de 3,2 mil residências vagas, agora em 2010, quando foi realizado o último levantamento demográfico pelo IBGE, eram pouco mais de 1,8 mil, uma queda de 44%. Em Santa Isabel e Biritiba Mirim a situação é inversa, pois neste intervalo de dez anos houve um acréscimo médio de 30% de imóveis sem ocupação em cada município.


Fonte:Mogi News