Assim que o acórdão anulando o acordo do transporte for publicado, o que deve ocorrer nos próximos dias, a empresa poderá tirar ônibus das ruas
Bras Santos
De Suzano
Jorge Moraes
Visul teria prejuízo mensal de R$ 400 mil e, por isso, não se interessaria mais em continuar prestando o serviço à prefeitura
Os diretores da Viação Suzano Ltda. (Visul) teriam comemorado a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) que anulou o contrato firmado em dezembro de 2004 com a prefeitura.
Diante desse julgamento, a concessionária, que transporta mais de 60 mil passageiros por dia, terá de suspender suas atividades assim que o acórdão for publicado, o que deverá ocorrer nos próximos dias. "Quem acha que a Visul está preocupada com a possibilidade de ser afastada do transporte coletivo do município, onde atua há mais de 40 anos, engana-se completamente", afirmou o empresário e ativista político José Dias.
"Almocei hoje (ontem) com os cinco diretores da Visul. Eles estão felizes com a determinação do TJ, pois a empresa está operando com prejuízo mensal de até R$ 400 mil. Para a direção, seria melhor que essa decisão tivesse ocorrido antes, pois os prejuízos seriam menores", argumentou Dias, que há muitos anos mantém relação com os diretores da concessionária, que tem cerca de 500 funcionários e uma frota com 70 carros, que estão deteriorados.
De acordo com Dias, a Visul só não interrompeu a operação por conta própria porque poderia ser forçada a pagar uma multa milionária à prefeitura. "A operação está deficitária em razão da iniciativa da prefeitura de sufocar financeiramente a empresa. Os diretores disseram que não existe a menor condição de manter a circulação regular e de investir no serviço. Assim que o acórdão for publicado, a empresa vai retirar os carros de circulação e a prefeitura poderá resolver o problema do transporte como ela tanto diz que quer resolver", disse o "consultor" informal da empresa.
Recurso
"A Visul vai recorrer da condenação imposta pelo TJ porque, por meio do recurso, ela poderá cobrar da prefeitura todo o dinheiro que perdeu desde que o governo municipal decidiu prejudicar a prestação dos serviços à população", ressaltou Dias.
A reportagem do Mogi News encaminhou dois e-mails à direção e à Assessoria de Imprensa da concessionária pedindo informações sobre o recurso e a posição oficial dos donos (família Cimatti). Mas, até o fechamento desta edição, a empresa não se manifestou.
Fonte:Mogi News
