quinta-feira, 15 de março de 2012

Depoimento Zé Cardoso ofereceu jet ski a adolescentes


Amigo que acompanhava o garoto de 13 anos acusado de pilotar a moto aquática na praia de Bertioga prestou depoimento no início desta semana
Deize Batinga
Da Reportagem Local
Osvaldo Birke
 
Advogados da vítima, Willian Amanajás e José Beraldo, pedem que Cardoso seja responsabilizado
O estudante de 14 anos que acompanhava o adolescente de 13, acusado de pilotar o jet ski que atropelou e matou Grazielly Almeida Lames, 3, afirmou que o empresário José Augusto Cardoso Filho, o Zé Cardoso, os autorizou a pegarem a moto aquática para um passeio na praia. A informação foi dada em depoimento na Delegacia Seccional de Santos e desmentiu a versão apresentada dias antes pelo empresário e sua esposa, Ana Júlia de Campos Cardoso, padrinhos do mais novo. O casal tinha dito à polícia que os adolescentes haviam pegado o veículo escondido.


Este depoimento era o mais esperado, principalmente pelos advogados de defesa da família de Grazielly. "Desde o princípio foi falado que o dono da moto aquática tinha autorizado a ida dos adolescentes à praia. Esta declaração só vem reforçar o que o afilhado de Zé Cardoso já tinha dito. Se ele (Zé Cardoso) permitiu que eles usassem o veículo, tem de ser responsabilizado", explicou o advogado Willian Amanajás. "Isso significa que ele assumiu o risco dos adolescentes produzirem um resultado lesivo para alguém. Vou a fundo nesta história e quero levar todos os responsáveis por este fato trágico a júri popular", destacou José Beraldo.


Segundo o Mogi News apurou, o depoimento do estudante durou cerca de uma hora. Ele contou ao delegado seccional Rony da Silva Oliveira, que Zé Cardoso teria dado a ideia de eles andarem de jet ski durante um passeio de barco. O empresário teria pedido para que o afilhado pegasse a moto aquática que estava no porão da casa e solicitado que o caseiro da residência, Erivaldo Francisco de Moura, 27, abastecesse o veículo e o levasse à praia.


O estudante contou ainda que a chave de ignição do jet ski estava com o afilhado do empresário. E que, apesar de haver uma pulseira na chave, o adolescente não a teria prendido ao pulso. Em declaração, ele também afirmou que tanto ele, quanto o amigo, não estavam sentados no jet ski no momento do acidente. O amigo dele teria acionado a parte elétrica do equipamento e apertado o botão de start quando, inesperadamente, o veículo teria "dado uma volta sozinho" e avançado em alta velocidade em direção à areia.




Manifesto
No próximo dia 18, a família de Grazielly pretende realizar um ato público na praia de Guaratuba, em Bertioga, onde ocorreu o acidente. Cruzes devem ser fincadas na areia e balões brancos soltos no céu. A intenção é que o caso não seja esquecido e não fique impune.


Fonte:Mogi News