quinta-feira, 15 de março de 2012

Dia seguinte Alargamento de córrego e um novo piscinão são duas obras prioritárias

Chuva ocorreu em um volume muito maior, mas os danos e a consequência da enxurrada foram bem menores
Noemia Alves 
Da Reportagem Local
Erick Paiatto
 
Piscinão no Parque Santana é o único a receber grande volume de água quando chove forte
A construção de um seu segundo piscinão pouco depois da cabeceira do rio Negro, na Vila Ressaca, assim como o alargamento do córrego Lavapés, num trecho de pouco mais de 500 metros, aos fundos do Clube de Campo, entre o Parque Monte Líbano e o Socorro, são, na avaliação do prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD), obras necessárias e prioritárias que irão acabar, quase que em definitivo, com os problemas de enchentes na cidade.


Em entrevista coletiva ontem, em Brás Cubas, Bertaiolli confirmou que a enxurrada de anteontem à tarde foi a pior dos últimos 60 anos no município, em relação ao volume de precipitação que caiu na cidade em 18 de março de 2005. De acordo com a administração municipal, caíram 68,8 milímetros de chuva sobre Mogi, num período de duas horas, contra 60,5 milímetros de precipitação em 2011 e que deixou toda área central e muitos bairros de baixo d´água, oportunidade, inclusive, em que o então prefeito Junji Abe (PSD) decretou estado de emergência no município. 
"A diferença, desta vez, é que não houve vítimas de deslizamentos", sintetizou Bertaiolli. "A chuva ocorreu em um volume muito maior, mas os danos e a consequência da enxurrada foram bem menores do que há sete anos. Sabe por quê? Por conta das obras de alargamento e aprofundamento da calha de importantes córregos e afluentes do Tietê que anteriormente transbordavam e inundavam residências: o ribeirão Ipiranga, em 2008, e o Canudos, entre o ano passado e o início de 2012. Não fossem essas obras, os estragos poderiam ter sido muito piores", destacou o prefeito. Segundo levantamento da Defesa Civil, sete famílias tiveram de ser socorridas. 
No momento, segundo explicou Bertaiolli, uma empresa contratada pela Prefeitura, a Dédalo Engenharia Ltda., realiza o projeto executivo do segundo reservatório municipal, a ser instalado na área de 12 mil metros quadrados, na rua Antônio Fernandes, na Vila Ressaca, adquirida pela Prefeitura no fim do ano passado por R$ 1,6 milhão. O terreno foi escolhido por meio de um estudo encomendada para a Universidade de São Paulo (USP), que apontou a região como o local adequado para a instalação da estrutura. A expectativa é de que o projeto fique pronto no início de maio. 
No caso dos alagamentos constantes da praça Francisca Campos de Mello Freire, a Praça dos Enfartados, e parte da avenida Manoel Bezerra de Melo Filho, próximo ao Mogi Shopping, a proposta é de promover alargamento e aprofundamento da calha do córrego Lavapés, em cerca de três metros. "Existe um projeto pronto, aguardando aprovação e liberação de recursos do governo federal. Contudo, é uma obra muito cara, por conta das possíveis desapropriações na Vila Oliveira, de imóveis construídos em cima do córrego. E, no momento, a solução mais viável é do alargamento do córrego em apenas no trecho dos fundos do Clube de Campo até a avenida Manoel Bezerra de Lima", sintetizou. "São obras caras, de mais de R$ 70 milhões cada, mas extremamente necessárias", disse Bertaiolli, sem dar prazos para a realização destas intervenções.


Fonte:Mogi News