terça-feira, 20 de março de 2012

Saúde Demora no raio X revolta pacientes


Ontem, conforme constatou a reportagem, o tempo médio de espera para exame era de quase três horas
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Osvaldo Birke
 
Pacientes se queixaram de demora no atendimento no hospital
Pacientes do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi, reclamam da demora para a realização do exame de raio X. A reportagem foi até a unidade de saúde na tarde de ontem e constatou que o tempo médio de espera era de quase três horas. 
A dona de casa Elisabete Ferreira de Lima, 49 anos, aguardava o diagnóstico no neto Gabriel, que caiu de bicicleta e machucou a barriga. "Passei pelo clínico e ele encaminhou para a sala do raio X, porém, faz quase duas horas que estou aqui e até agora nada. Se fosse algo mais grave não sei o que poderia ter acontecido com ele", criticou. O atendimento a Gabriel somente foi acelerado após a chegada da reportagem. "Será que para sermos atendidos de forma digna sempre teremos que apelar para imprensa?", questionou.


Assim como outros setores do hospital, a fila para o raio X estava lotada e a insatisfação com o atendimento demorado era unânime no local. A operadora de telemarketing Raquel Aparecida de Jesus, 26, está grávida de quatro meses e desistiu de fazer o exame. "Estava demorando muito e vou ser obrigada a voltar amanhã", contou.


Apesar da Secretaria de Estado da Saúde negar, por meio de nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa da pasta, que o equipamento estava quebrado, funcionários, entre eles seguranças e até enfermeiros, revelaram que uma das máquinas ficou sem funcionar na semana passada. 
O provedor da Santa Casa de Misericórdia, Mário Calderaro, confirmou que a instituição de saúde que administra e acaba por servir como suporte para os atendimentos ambulatoriais do Luzia, recebeu alguns pacientes encaminhados pelo hospital, devido ao equipamento quebrado. 
De acordo com o responsável pelo setor de radiologia do hospital estadual administrado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), identificado apenas como Marcos, o Luzia conta com quatro aparelhos de imagem, três fixos e um móvel, e não apenas dois, como informado em nota da Secretaria de Estado da Saúde. 
Marcos mostrou que os equipamentos estavam funcionando nesta segunda-feira e afirmou "desconhecer" o aparelho quebrado. No entanto, quando a reportagem chegou a sala de raio X, localizada próximo ao Pronto Socorro, encontrou o local vazio, com todas as luzes apagadas, o aparelho desligado e um grande fila de pacientes ao lado de fora.


Fonte:Mogi News