quinta-feira, 8 de março de 2012

Cultura Prédio da Telefônica será utilizado como museu de arte


Prefeito anunciou uma Parceria Público Privada (PPP) com a empresa de telefonia em Mogi
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Reprodução

A área em frente ao prédio da Telefônica, no centro, deverá ser transformada num calçadão para que possa ser utilizada como espaço para manifestações artísticas
O edifício da empresa Telefônica, entre as ruas Professor Flaviano de Melo, Padre João e Senador Dantas, irá abrigar o futuro museu de arte de Mogi, além de uma fundação cultural. O prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) decidiu acatar o pedido do movimento popular em prol do Museu da Arte Mogiana (MAM), iniciado no ano passado no site colegiodearquitetos.com.br e com grande adesão na rede social Facebook, com milhares de seguidores, e anunciou uma Parceria Público Privada (PPP) com a empresa de telefonia para implantação do espaço de uso exclusivo de artistas da cidade, com exposições e atividades culturais. 
As primeiras ações a serem realizadas para concretização do projeto foram definidas ontem pela manhã durante reunião do prefeito com o historiador Mário Sérgio de Moraes, o arquiteto Paulo Pinhal, além do vereador Jolindo Rennó Costa (PSDB). 
De início, ficou definido que a Telefônica, permissionária do prédio que pertence ao governo federal, irá ceder o edifício, de cerca de 600 metros quadrados de área, à administração municipal em troca de uma contrapartida. A Prefeitura, por sua vez, deverá investir nas obras para adequação do prédio, em projeto a ser elaborado por arquitetos do município. 
Além disso, será criada uma comissão, constituída de membros do poder público e da sociedade civil, que irá gerenciar o museu, numa espécie de autarquia. "A proposta é que o museu da arte seja um espaço para atividades, manifestações e exposições culturais de artistas da cidade autossustentável, isto é, sem depender de recursos públicos. Por isso, a ideia de instituir uma fundação cultural para gerenciamento e captação de recursos, entre outras ações, a exemplo do que acontece em São José dos Campos, com a Fundação Cassiano Ricardo, e a Padre Anchieta, na capital. É um passo enorme para a valorização dos artistas mogianos e da cultura em geral", explicou o historiador Mário Sérgio.


Idealizador do projeto e criador do movimento em prol do museu na Internet, o arquiteto Paulo Pinhal comemorou a boa notícia: "É um grande avanço para a classe artística da cidade que, se tudo der certo, passará a contar um com espaço único para apresentação de suas obras. Ganha também a sociedade civil, como um todo, porque aquela região até então subutilizada passará a ter também melhorias na segurança, no turismo, dará um novo dinamismo ao centro histórico de Mogi", comenta Pinhal.


Há a proposta de transformar a rua Padre João em calçadão, no trecho compreendido entre as ruas Flaviano de Melo e Senador Santas. "Embora sejam muitos os benefícios, ainda é cedo para comemorar. Só me darei por satisfeito quando todos os trâmites burocráticos tiverem sido vencidos", pondera Pinhal. 
O vereador Jolindo Rennó, que intermediou o encontro, o secretário de Cultura, José Luiz Freire de Almeida, e os representantes em prol do museu classificaram a medida como uma "nova fase da cultura mogiana". "Trata-se de um grande avanço porque este museu não será estático, mas sim uma área para colocar o acervo de tantos artistas renomados da cidade, cujas obras hoje estão espalhadas por prédios públicos, às vezes sem a devida exposição. É um grande avanço para a cidade, que começa a valorizar seus artistas, além de ser um primeiro passo rumo à concretização de uma reivindicação comum que é o Centro Cultural".


Fonte:Mogi News