DANILOS SANS
Representantes da Secretaria Municipal de Saúde devem se encontrar na próxima terça-feira, às 10h30, com os vereadores de Mogi para análise do processo que pode descredenciar o Centro Oncológico "Hospital do Câncer Dr. Flávio Isaias Rodrigues" do Sistema Único de Saúde (SUS). O pedido foi feito por integrantes da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social da Câmara, durante a sessão de ontem, com o objetivo de esclarecer pontos mais técnicos das acusações contidas no relatório da auditoria realizada pelo Estado.
Também na terça-feira, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa Estadual marcou um encontro para discutir os pontos contidos no relatório. O deputado estadual Luiz Carlos Gondim informa que o grupo já solicitou uma cópia do documento ao secretário Giovanni Guido Cerri. A intenção é fazer uma visita ao hospital e confrontar o que conta no documento e o que será encontrado no local. "É importante trabalharmos para que os pacientes não deixem de ser atendidos na Região", diz o deputado. Gondim ainda adianta que o Ministério Público pode ser acionado pela própria Secretaria Estadual após análise das respostas do Centro Oncológico às acusações contidas na auditoria.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, enquanto não houver o descredenciamento do centro oncológico junto ao SUS, o contrato entre a unidade e a Pasta continua vigente, o que significa que os cerca de 1,3 mil pacientes já matriculados devem continuar a receber atendimento em Mogi das Cruzes.
Licença
O médico oncologista Flávio Isaias Rodrigues está de licença médica, o que fez com que algumas consultas tivessem de ser remarcadas. A assessoria de imprensa da clínica informa que não haverá qualquer tipo de prejuízo aos atendimentos, uma vez que a unidade possui outros especialistas da mesma área. No entanto, a assessoria não soube precisar o motivo da licença e nem o prazo para o médico retomar as atividades.
A dona de casa Ilda Aparecida de Lima, de 50 anos, que trata de câncer de pele e de mama, diz que teria uma consulta na segunda-feira com Flávio Isaias, que precisou ser remarcada. Ela informa que ainda não foi procurada para tratar da transferência para uma outra unidade, medida que será tomada caso o descredenciamento seja confirmado. "Ainda sou atendida na Cidade. Deus me livre se tivesse que ir para São Paulo. Seria péssimo", prevê.
Ilda passa por consultas a cada quatro meses, mas há dois anos faz tratamento na unidade. "Teve época em que ia todos os dias e tenho certeza de que a proximidade com a minha casa foi um fator determinante no sucesso do tratamento", avalia.
Fonte:O Diário de Mogi
