terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Adolescente suspeito será ouvido na 5ª feira Garoto de 14 anos, cujo nome ainda está mantido sob sigilo, prestará depoimento na Delegacia de Bertioga, acompanhado de seus pais


Fábio Miranda
Da Reportagem Local
Divulgação

A pequena Grazielly estava ansiosa para conhecer a praia
A família do menor que atropelou Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, com um jet ski no sábado, causando a morte da criança, na praia de Guaratuba, em Bertioga, será ouvida nesta quinta-feira, na Delegacia de Polícia do litoral norte. O adolescente reside num condomínio de luxo em Mogi das Cruzes. 
Por enquanto, ainda não foi dada qualquer identificação sobre quem pilotava o veículo, contudo, informações apuradas pelo Mogi News, apontam que o jovem é amigo de uma família, também moradora da cidade, e que estava em Bertioga para passar o feriado de carnaval.


A auxiliar de panificação Cirleide Rodrigues de Lames, de 24 anos, mãe de Grazielly, saía do mar com a criança, por volta das 17 horas do sábado, quando um jet ski pilotado por um menor de idade, segundo testemunhas, atingiu a menina. Era o primeiro dia de Grazielly em uma praia.


Ainda de acordo com testemunhas que estavam no local na hora do acidente, o jet ski estava sozinho no mar ao atropelar Grazielly. O rapaz, segundo os locais, caiu na água antes de o aparelho atingir a garota, fugindo do local sem prestar socorro. Ao saber do ocorrido, a família com a qual o jovem estava passando o feriado voltou para Mogi de helicóptero.


O advogado Maurimar Bosco Chiasso, contratado pelos parentes do rapaz, disse, ontem, que o garoto ligou o jet ski, mas que não sabia pilotar: "Ele deu a partida inadvertidamente, sem conhecimento do funcionamento da máquina. Foi quando o jet ski se projetou para a praia, sem piloto. Foi a primeira e única vez que ele ligou o aparelho". Para Chiasso, deve ter havido uma falha mecânica do veículo, já que, sem a assistência do piloto, o aparelho deveria rodopiar na água. "Pode ter havido um dano mecânico. Foi um fatídico acidente". Chiasso ressaltou, também, que o menino não teria fugido do local, mas, sim, foi embora com medo que os banhistas o linchassem após o ocorrido. 


Em Campinas
Durante o sepultamento de Grazielly, na cidade de Campinas, na manhã de ontem, a mãe da pequena pedia Justiça. "O que eu posso querer? Eu queria a minha filha de volta, mas como isso é impossível, só posso pedir Justiça". 
O delegado da Polícia Militar de Bertioga, Marcelo Rodrigues, afirmou que a família do atropelador será ouvida nesta quinta-feira. "Tudo será esclarecido, mas ainda é precipitado ter uma conclusão concreta, pois as provas são iniciais. Se ficar provado que ninguém participou do ocorrido, o adolescente será punido por ato infracional, já que é menor de idade". No entanto, segundo o delegado, se for constatado que alguém entregou o veículo para o garoto, a pessoa poderá ser indiciada por homicídio culposo ou doloso. "O responsável é o dono do jet ski. O adolescente não tinha idade, habilitação nem condições para pilotar", finalizou.


Fonte:Mogi News