Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Pátio no distrito de César de Souza está lotado de carros apreendidos pela Polícia Civil. Alguns deles estão completamente destruídos
Mais de 2,6 mil veículos apreendidos pela Polícia Civil neste ano devem ir a leilão, a ser realizado pela Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes. São carros, motos, caminhões e peças que estavam mantidos nos pátios municipais do Alto Tietê por razões criminais. Os objetos terão de ser comercializados por um departamento ou delegacia da região e não mais pela Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). As mudanças de atribuições dentro da Polícia Civil foram anunciadas por meio de uma portaria da Delegacia de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).
De acordo com o decreto, os leilões serão realizados por comissões a serem instituídas pelos delegados seccionais. A Demacro estabeleceu prazo de 30 dias para a criação das comissões e definição da "linha de trabalho" do grupo.
Portanto, ainda não há data, local ou horário para a realização do leilão. Segundo a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), somente poderão ser leiloados os veículos que recebam autorização do Poder Judiciário e do Ministério Público. Desde o ano passado, a SSP, o Ministério Público do Estado e o Tribunal de Justiça do Estado (TJE) realizam uma série de reuniões para aprovar um novo modelo para destinação dos veículos apreendidos por razões criminais. Pela proposta da Secretaria de Segurança Pública, os veículos em condições de rodar serão leiloados e os demais, que não estiverem em condições, serão destruídos e vendidos como sucata.
A próxima etapa, ainda aguardada, segundo a SSP, é a publicação de um edital de descontaminação e destruição dos veículos que não tenham condições de rodar ou não possam ser identificados. A medida é considerada essencial para o sucesso da política de regularização dos pátios de veículos apreendidos por razões criminais. Com a destruição dos veículos e a baixa de seus documentos, o Estado impedirá a prática de compra de carros sem condições de uso para reutilização dos documentos como nova identidade de veículos furtados ou roubados.
O último leilão realizado pela 30ª Ciretran de Mogi foi em 2009. Na oportunidade, foram colocados à disposição 438 veículos, dos quais 426 acabaram vendidos, sendo 236 carros e 190 motocicletas, somando R$ 350 mil arrecadados.
Fonte:Mogi News
