sábado, 24 de dezembro de 2011

Avaliação do povo Violência é motivo de preocupação na cidade

Líderes de bairro acreditam que os comandos das polícias Militar e Civil avaliam a violência em Mogi por meio de uma "realidade distorcida"
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Amilson Ribeiro

Santana: "Poderiam redirecionar policiais"
Três dias depois de uma reunião realizada na Câmara Municipal que discutiu a falta de segurança na cidade, as justificativas apresentadas pelos comandos da Polícias Militar e Civil ainda geram contestações e indignação dos mogianos. Durante o encontro organizado pelo presidente da Comissão Permanente de Vereadores que discute temas relacionas à segurança, Expedito Ubiratan Tobias (PR), os oficiais presentes afirmaram que a criminalidade no município está controlada e que a Imprensa seria a culpada por criar esta sensação de insegurança. Novamente, como ocorre desde que a comunidade passou a exigir um policiamento mais efetivo, o número reduzido de policiais foi usado como fator determinante para a impossibilidade de uma ação mais efetiva contra a violência.


O Mogi News conversou com alguns líderes comunitários sobre o resultado da reunião e todos avaliam que as autoridades policiais analisam a cidade por meio de uma realidade distorcida.


O presidente da Associação de Moradores do Jardim São Pedro e Região, Adalberto Santana, destacou que a Imprensa não cria fatos e revela apenas o que ocorre no cotidiano do município. "Não adianta reclamar do efetivo, por que a Atividade Delegada está em plena atividade e porque não levar estes policiais para os bairros, em vez de ficarem apenas no combate ao comércio ambulante no centro?".


O líder comunitário do Jardim Margarida, Henrique Soares, contou que diversos ofícios já foram encaminhados ao Estado cobrando mais policiamento, no entanto, nenhum obteve resposta positiva. "Os moradores são obrigados a pagar um guarda noturno, porque, se depender do atual sistema de ronda da PM, o tráfico continuará em crescimento e os bandidos seguirão com a rotina de assaltos e tiros", disse.


Irene Torres, presidente da Associação de Moradores do Conjunto Toyama, acredita que "faltam policiais capacitados".


O comerciante Nelson Mitinori Yanashita, de Jundiapeba, contou que muitos lojistas do bairro onde trabalha já foram vítimas de roubos. Ele frisou que a população deve cobrar providências, mas nunca deixar de exercer o direito cívico de registrar o boletim de ocorrência. "Não adianta ser assaltado e só reclamar com o vizinho. É preciso expor isso de forma oficial. Somente assim, mostraremos a situação preocupante em que vivemos". A PM foi procurada pelo MN para comentar o assunto, mas não foi encontrada.


Fonte:Mogi News