sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Meta Aterros sanitários serão extintos

Mayara de Paula

A UMC sediou ontem o 1º workshop realizado para discutir gestão de água e educação ambiental
Até o ano de 2014, nenhum aterro sanitário deve funcionar no País. A afirmação categórica é da diretora de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Andrea Paula de Carestiato, que esteve ontem em Mogi das Cruzes para participar do 1º workshop realizado para discutir e traçar os parâmetros de gestão das águas e educação ambiental no Alto Tietê. 
O evento foi realizado no auditório do Centro Cultural da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), onde também foi divulgado um balanço da Organização Não-Governamental (ONG) Bio-Bras sobre o Projeto Renove.


Depois de declarar a meta do Ministério de extinguir os aterros, Andrea foi questionada sobre a ampliação das licenças de aterros já existentes, como o Anaconda, em Santa Isabel. Ela garantiu que as autoriza-ções já estão sendo negadas. 
A diretora também falou no encontro sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que, até o próximo dia 27, estará disponível para consulta pública
Sobre o Renove, a presidente da Bio-Bras, Nádia Soares de Moraes, informou que 6 bilhões de litros de água no rio Tietê foram poupados da poluição, a partir do Projeto Renove, que evitou que 250.500 litros de óleo de cozinha fossem jogados no rio em toda a sua extensão na região.
O óleo que deixou de poluir o rio foi reaproveitado para a produção de massa de vidro, tintas, vernizes e óleo biodiesel. 
O evento reuniu estudantes de Gestão Ambiental, Química, Biologia e outras áreas para discutir os rumos da gestão da água na região. 
Pesquisas desenvolvidas em universidades paulistas sobre a qualidade da água em diversos rios também foram expostos. 
Os alunos de Química da UMC, por exemplo, apresentaram um estu-do que mostra que o nível de poluição por óleo no rio Tietê cresce 13 vezes desde a ponte do Rodeio, em Mogi, até a ponte da Petrobras, em Suzano. Neste trecho, a água fica mais escura por causa da poluição.


"O estudo mostra os ní-veis de qualidade desta água. Em alguns locais, não há possibilidade de se encontrar vida no rio, tamanha é a poluição. A partir disso, as políticas públicas de preservação dos recursos hídricos devem ser norteadas", comentou o coordenador do curso de Química da universidade, Paulo Cezar Frangiosa. (J.S.)


Fonte:Mogi News