domingo, 18 de dezembro de 2011

Dilma já espera PIB de 5%


CONFIANÇA Mesmo com crescimento zero do PIB no trimestre, Dilma demonstrou otimismo com o crescimento da economia em 2012


BRASÍLIA
Mesmo com o crescimento zero do PIB no terceiro trimestre, a presidente Dilma Rousseff demonstrou ontem otimismo com o crescimento da economia em 2012, apostando numa taxa entre 4,5% e 5%, com inflação controlada. Dilma reconheceu, porém, que a crise internacional será de "longo prazo" e "com picos críticos". A presidente fez questão de ressaltar, no entanto, a "boa situação fiscal" do Brasil deu "bom fôlego" ao país e nos permitiu estar agora em situação melhor para enfrentar a crise do que em 2009.


"Temos mais recursos próprios do que antes. Temos margem de manobra na política monetária", disse ela durante entrevista com jornalista no Planalto, acrescentando que o Brasil tem "capacidade de investimento, tanto do ponto de vista do governo, quanto da iniciativa privada".


Mais tarde, em outra cerimônia, de balanço do Plano Brasil sem Miséria, Dilma foi ainda mais otimista: "posso assegurar para você que, naquilo que depender de mim, 2012 será um dos melhores anos deste país".


Depois de lembrar que os problemas se avolumam porque a China está crescendo menos e Europa está enfrentando muitos problemas, com um aperto fiscal em vários países, a presidente citou que o Brasil sempre teve uma posição de ajuda, de solidariedade e nunca de "soberba".


"Até porque sabemos perfeitamente o que é um ajuste fiscal sem luz no fim do túnel. Ficamos 20 anos no ajuste fiscal sem luz no fim do túnel e sabemos onde ele vai dar", justificou, se referindo à cartilha imposta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) seguida pelo Brasil nos anos 80. "Fomos bastante enfáticos ao dizer que eles deviam procurar combinar as duas coisas, como forma de sair da crise com maior rapidez. Quanto mais a economia está crescendo, é que nem andar de bicicleta, parou, caiu", ensinou.


Durante a conversa, a presidente fez questão de assegurar que a inflação ficará sob controle, "com uma curva suave". Em seguida, emendou: "ela não está descontrolada". Dilma anunciou também que o governo vai atingir, sem nenhum problema, a meta de superávit primário deste ano. "Faremos esse superávit cheio. A expectativa é para fechar este ano em R$ 91,7 bilhões. Vamos atingir sem nenhum problema", afirmou.


Para ela, isso sinaliza que o país, a partir do fim dos anos 1990, "entrou numa trajetória de estabilidade".


A presidente classificou o Brasil como um país de "oportunidades de investimento porque temos uma economia em expansão". Após dizer que "confia muito na iniciativa privada", Dilma acentuou que é preciso "olhar a crise como uma oportunidade de acelerar o nosso crescimento".


Fonte:O Diário de Mogi