terça-feira, 8 de novembro de 2011

Aliados demonstraram apoio à DRU, diz líder do PR na Câmara

Proposta prorroga até dezembro de 2015 a validade do mecanismo que permite à presidente reservar 20% dos recursos orçamentários para gastar em áreas sem destinação obrigatória


Denise Madueño, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA e PRETÓRIA - Os líderes de partidos da base asseguraram à presidente Dilma Rousseff, em reunião nesta segunda-feira, 7, no Palácio do Planalto, que votarão a favor da proposta de prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que se extingue no dia 31 de dezembro, sem alterações. A proposta do governo prorroga a validade da DRU - o mecanismo que permite à presidente reservar 20% dos recursos orçamentários para gastar em áreas sem destinação obrigatória - até dezembro de 2015.


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Portela relatou detalhes da reunião com Dilma: "Todos os líderes demonstraram apoio à DRU" - Beto Barata/AE
Beto Barata/AE
Portela relatou detalhes da reunião com Dilma: "Todos os líderes demonstraram apoio à DRU"
A presidente usou o argumento da crise internacional para falar da necessidade de prorrogar a DRU. Ao abrir a reunião, Dilma fez um relato da reunião do G-20, afirmando que a crise internacional vai durar um pouco mais do que se imagina e, portanto, é preciso que o Brasil esteja prevenido, porque o País poderá ser afetado de alguma forma, segundo disse o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), que participou da reunião como convidado.


Ao falar aos líderes, ainda segundo Portela, Dilma ressaltou que a prorrogação da DRU dá credibilidade ao Brasil, porque mostra a continuidade de um modelo que está dando certo. "Todos os líderes demonstraram apoio à DRU", disse Portela. O líder contabiliza que a proposta terá entre 380 a 400 votos, dependendo do quórum da sessão amanhã. O mínimo para aprovar a emenda constitucional é de 308 votos.


Na reunião, os senadores Marcelo Crivella (PR-RJ) e Magno Malta (PR-ES) falaram da preocupação com o projeto que altera a distribuição dos royalties do petróleo em tramitação na Câmara, mas não condicionaram a votação da DRU a uma posição da presidente Dilma, segundo o líder Portela. De acordo com o líder, a presidente disse que vai colocar a questão em discussão no ano que vem, sinalizando que essa proposta não será decidida até o fim deste ano.


A votação da DRU no plenário da Câmara promete ser longa. A oposição pretende obstruir a sessão. Amanhã, os partidos de oposição reunirão suas bancadas para acertar o procedimentos para a sessão. O governo pretende iniciar a votação do projeto amanhã e concluir na quarta-feira. A proposta foi aprovada na comissão especial da Câmara na madrugada do dia 20 de outubro, depois que a oposição conseguiu prorrogar a reunião por nove horas.


Fonte:Estado de S.Paulo