quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Semana que vem Bertaiolli adia reunião em Brasília sobre viadutos

Willian Almeida
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Placa anuncia obras que até hoje não saíram do papel
Foi adiada para quinta-feira da próxima semana a reunião entre o prefeito Marco Bertaiolli (DEM) e técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília, para tratar da suspensão das obras dos viadutos sobre a linha férrea de Mogi das Cruzes, em Jundiapeba e na Vila Industrial. 
A remarcação da data foi solicitada pelo próprio prefeito em função da agenda dele nos dias de hoje, quando o encontro deveria ocorrer, e amanhã. Desde a crise no Ministério dos Transportes, que tem o deputado Valdemar Costa Neto (PR), o Boy, como suposto envolvido, as obras estão suspensas e sem prazo para começar em Mogi.


Bertaiolli confirmou o adiamento da reunião na manhã de ontem em entrevista coletiva durante a entrega dos uniformes da delegação mogiana que participa dos Jogos Regionais do Idoso, entre hoje e domingo, na cidade de Guaratinguetá. "Eu estou com alguns compromissos na cidade nestes dias e pedi que fosse marcada uma nova reunião, o que vai ocorrer na próxima semana", disse o prefeito.


Com isso, a situação dos viadutos em Mogi segue sem novidades. As obras, cujo contrato foi assinado em 24 de maio último, não têm previsão para sair do papel por três motivos principais. O primeiro deles é a suspensão do edital 205/11 que prevê a contratação de uma empresa especializada pelo Dnit - órgão do Ministério responsável pela obra - para fiscalizar os trabalhos do consórcio vencedor da licitação. Esse é um procedimento normal do Dnit e sem a contratação não há viaduto. 
O segundo ponto são as desapropriações de imóveis de até 57 famílias, das quais 34 em Jundiapeba, que devem ser afetadas pelos viadutos. Um convênio entre Prefeitura e Dnit autorizando o município a negociar com as famílias está para ser assinado. A principal dúvida quanto a isso é o empenho do valor de até R$ 15 milhões consequente dessa etapa das obras e que foi garantida pelo ex-diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, na assinatura do contrato em Mogi. Pagot foi demitido por suposta participação de superfaturamento nas obras do Dnit. Além dele, Costa Neto, também estava correndo em Brasília para levantar o recurso que nunca chegou a estar garantido, pelo menos oficialmente pelo órgão federal. Há rumores de que o Dnit está pedindo à Prefeitura de Mogi uma contrapartida nas desapropriações. Isso não foi confirmado pela administração municipal ou pelo próprio órgão federal.


O último ponto diz respeito à questão ambiental envolvida na obra. Esse ponto foi objeto de discussão no último dia 21 entre técnicos do Dnit e o secretário de Planejamento de Mogi, João Francisco Chavedar, em reunião em Brasília. Detalhes também não foram informados.


Fonte:Mogi News