domingo, 23 de outubro de 2011

Natureza Parque Municipal revela sua beleza também nos pequenos detalhes

Trilhas, borboletas, pássaros e bichos de várias espécies convivem em perfeita harmonia na natureza mogiana
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Maurício Sumiya

Quando o Parque Municipal reabrir, a população poderá conferir as belezas naturais nas trilhas
Mogi das Cruzes é cortada pela Serra do Itapeti. Do centro da cidade é possível vê-la exuberantemente, verde e robusta, contornando o horizonte do município. O que nem todos mogianos sabem é que a sensação de fazer uma trilha pela mata nativa é uma experiência incrível. O Mogi News percorreu duas trilhas do Parque Municipal Francisco Affonso de Mello, "Chiquinho Veríssimo", que será reaberto para visitação pública a partir do dia 6 de novembro, mês em que o parque completa 41 anos.


 No Caminho das Águas e no Caminho da Bromélia" é possível encontrar os encantadores sapos dourados, que possuem menos de 2 centímetros, os gigantescos girinos da rã-toro, as tocas das cobras, e o antigo reservatório de captação de água Ribeirão Cruz do Século, que abastecia Mogi das Cruzes na década de 50. Mas o parque reserva belezas muito além destas que só visitantes sortudos podem encontrar, como um casal de tucanos, o astuto pica-pau que até faz pose para fotos, além do lagarto teuí, que troca de pele nesta época do ano, deixando seu rastro pelas trilhas. 
É preciso estar preparado para a ventura. O local é fresco e silencioso, e para que se tenha uma experiência única na trilha, é preciso ter um ouvido sensível. Dá para ouvir o canto de diversos pássaros, mas os sapos, cigarras e até mamíferos de médio porte também fazem ruídos. Também é preciso manter os olhos atentos e as máquinas fotográficas no jeito para flagrar pegadas no chão e as rápidas aparições de animais silvestres como o veado catingueiro, ameaçado de extinção. 
Após a conclusão do Plano de Manejo, elaborado pelo Instituto Eco Futuro, foram liberadas para passeio público monitorado cinco trilhas: Caminho do Pau Jacaré, que leva esse nome por abrigar grande parte das árvores desta espécie, possui 750 metros de extensão e proporciona observação da fauna nativa. Caminho do Palmito, que reserva a palmeira Jussara, matéria-prima do Palmito Jussara, em extinção. O caminho ganha brilho e destaque por ser o habitat dos sapinhos dourados. Já o Caminho da Bromélia tem 980 metros de extensão e também possui grau de dificuldade fácil e termina em uma das estações de captação de água antiga. Por último, e apresentando grau de dificuldade médio, o visitante pode percorrer a Trilha do Martim Pescador, com 570 metros de extensão. Destacam-se trechos de mata em estágio médio de recuperação, e inclui travessias precárias sobre lagos. O final da trilha dá acesso a uma grande jabuticabeira. 
O Parque Municipal reserva ainda a trilha até o córrego Cruz do Século, além de exibir aos visitante os vestígios históricos da ocupação pré-colonial e os antigos sistemas de captação de água da cidade. 


Fonte:Mogi News