sábado, 6 de agosto de 2011

Minha Casa, Minha Vida Quase 200 famílias devem documentos

Moradores se inscreveram em programa habitacional, mas não levaram os documentos solicitados pela Prefeitura de Mogi e podem perder imóveis
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Ontem, várias famílias que vivem na região da Chácara Santo Ângelo foram à Prefeitura levar documentos que estavam faltando
Das 383 famílias da Chácara Santo Ângelo, que se inscreveram para integrar o Minha Casa, Minha Vida, somente 190 compareceram à Prefeitura de Mogi das Cruzes para entregar os documentos necessários para ser contemplado com um imóvel do programa habitacional. A previsão é de que os apartamentos que abrigarão os moradores em Jundiapeba sejam entregues entre o fim de agosto e o começo de setembro. As informações são da Coordenadoria de Comunicação da Prefeitura.
A dona de casa Maria Luiza de Souza, de 35 anos, era uma das pessoas que estavam aguardando para entregar os documentos na manhã de ontem. Ela disse que mora com os seis filhos em uma casa de dois cômodos. "Já havia trazido os documentos e estava faltando apenas o RG. O pessoal da Prefeitura foi me procurar para propor a participação nesse programa. Mas eu havia até esquecido que precisa trazer o documento", declarou. Ela garantiu que gosta do lugar onde mora. "Na minha casa, tem espaço e quintal para as crianças. O apartamento será pequeno para a minha família", acrescentou.

O motorista José Carlos de Godói, 52, afirma que não sabe o que vai fazer até o dia em que deixar a casa onde vive há 20 anos. "Meu filho viajou e tive de vir hoje (ontem) aqui resolver a situação. Agora, vou esperar para viver com a minha filha no apartamento".

As pessoas que não entregaram os documentos ontem não participarão do programa social. A Mineradora Itaquareia, proprietária da área onde vivem hoje essas famílias, informou que está promovendo uma regularização da área para atender os moradores que não optaram pelo Minha Casa, Minha Vida. "Realizamos um acordo em 2007 com os chacareiros e os ocupantes. Para aqueles que não modificaram nem venderam a propriedade, vamos trabalhar pela regularização", informou o advogado da empresa e responsável pela regularização, Nilson Franco. Essa ação não conta com a participação da Prefeitura.

O advogado explicou que as pessoas que moram em área considerada de preservação ambiental serão realocadas em outros espaços. "Os moradores terão 
apenas o custo com a regularização dos terrenos".

Fonte:Mogi News