quinta-feira, 23 de junho de 2011

Hospital deve ficar pronto em 2012


Com a promessa assumida ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) de ajudar na construção, nos equipamentos e no custeio, a principal meta da Prefeitura de Mogi das Cruzes passa a ser, agora, a de entregar até o final do próximo ano, o Hospital Municipal Prefeito Waldemar Costa Filho. A nova unidade de saúde custará R$ 27,8 milhões e será implantada no Distrito de Braz Cubas, num terreno em frente ao Fórum Distrital, o qual também será reformado e, possivelmente, ampliado, como adiantou Alckmin na sua primeira visita oficial ao Município desde que assumiu a cadeira no Palácio dos Bandeirantes, no dia 1o de janeiro. O chefe do Estado anunciou, ainda, investimentos na aquisição de novos trens para o Expresso Leste e a reforma e modernização, em 2012, das quatro estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) existentes na Cidade – leia mais nesta edição.


"Governar é escolher. E Mogi escolheu bem: a educação e a saúde. Boas unidades de ensino, escolas de tempo integral, creches e agora um hospital próximo da população, num distrito com mais de 100 mil habitantes. Vai ser uma retaguarda importante para o Programa Saúde da Família (PSF) e para o atendimento de graça através do SUS (Sistema Único de Saúde). O Governo do Estado vai sim participar desta conquista. Já transmiti ao prefeito que procure o professor Giovanni Cerri, secretário de Saúde, porque vamos ajudar na construção da obra física, na compra dos equipamentos e, depois, no custeio do hospital", assegurou Alckmin, na manhã de ontem, diante de um público de milhares de pessoas que acompanhou ele e o prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (DEM) assentarem os primeiros blocos de construção do hospital. "É uma alegria, como médico, participar de um grande investimento, que vai beneficiar muito a população, ajudar muito na qualidade de vida", destacou o governador.


Com sete pavimentos, capacidade para 70 leitos e planejamento que prevê duas mil consultas com médicos especialistas por mês – vascular, gastroenterologia, cardiologia, pediatria, ginecologia, reumatologia, neurologia e endocrinologia – e 500 cirurgias de baixa e média complexidade, o Hospital Municipal Prefeito Waldemar Costa Filho será construído pela Engeform Engenharia e as obras estão previstas para durar de 18 a 24 meses, embora a meta anunciada ontem pelo prefeito Bertaiolli é a de ter a unidade de saúde pronta no final do ano que vem.


"O custo das obras (R$ 27,8 milhões) já inclui alguns dos equipamentos mais caros, como ar-condicionado e elevadores. Quanto aos equipamentos menores e de UTI, vai ser feito o orçamento e o Estado vai nos ajudar nisso. Portanto, a nossa meta é ter o hospital pronto no final de 2012", ressaltou Bertaiolli, ao informar que, de início, a Administração já dispõe de R$ 12 milhões para cobrir o orçamento total do hospital. O restante, a Cidade deverá obter junto aos governos estadual e federal, este último através de emendas parlamentares. "O Hospital de Braz Cubas fará frente às demandas que hoje não são atendidas. Ele vai fazer o que os outros não fazem. O Luzia de Pinho Melo, por exemplo, está vocacionado para a alta complexidade e não consegue fazer uma cirurgia de hérnia, onde a fila é de um ano. Portanto, este será um hospital complementar", esclareceu o prefeito.


O governador Alckmin, que é médico, ressaltou que a saúde vai ser o tema do milênio porque todos estão vivendo mais. Isso fará com que a área domine as pesquisas científicas e lidere a geração de empregos nos próximos anos. "O maior PIB (Produto Interno Bruto) será na saúde, em prolongar com qualidade, a vida das pessoas. E o grande desafio é fazer isso de graça porque não falta atendimento para quem tem dinheiro, mas nós precisamos garantir a saúde como direito, através do SUS, com qualidade, gratuidade e universalidade. É isso que Mogi está fazendo com esse novo hospital", afirmou o governador, que alterou a sua agenda inicial para participar da cerimônia em Mogi das Cruzes.


Segundo ele, a implantação do hospital e a inauguração, no segundo semestre, do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) vão ajudar a aliviar a situação dos atuais hospitais e minimizar a falta de leitos para clínica médica. "Muita gente vai para o hospital em busca de especialistas, de exames e isso tudo vai passar para o AME. Vai para o hospital apenas casos de cirurgia maior, que precisa de anestesia e internação".




Regionalidade


Embora o foco principal seja atender a população de Mogi das Cruzes, em especial, os mais de 120 mil moradores do Distrito de Braz Cubas, o Hospital Prefeito Waldemar Costa Filho deverá, inevitavelmente, absorver também parte da demanda das cidades vizinhas até porque irá funcionar pelo SUS, ou seja, o atendimento será gratuito.


"Mogi é uma cidade polo de região. É a capital do Alto Tietê. O AME, por exemplo, terá capacidade para 22 mil consultas/mês. Dessas, 10 mil são para Mogi e 12 mil para as cidades da Região. Essa é a vocação da nossa Cidade e não podemos fugir disso", argumentou o prefeito.


Segundo ele, a Administração ainda irá definir, com o Governo do Estado, o melhor modelo para gerenciamento do novo hospital e tudo indica que a escolha será por uma organização social, a exemplo do que já acontece em outras unidades. "Vamos definir com a Secretaria Estadual para uma gestão competente e eficaz", garantiu Bertaiolli.


Fonte:O Diário de Mogi