domingo, 22 de maio de 2011

Violência escolar: Apeoesp aponta omissão do Estado

Violência escolar:
Apeoesp aponta omissão do Estado
Entidade menciona problemas nas escolas públicas que contribuem com a insatisfação dos professores
Bras Santos
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Sales Pinto: "Existem sérios problemas que o Estado não resolve"
O presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Mogi das Cruzes, Luis Carlos de Sales Pinto, o Luisinho, afirmou que os professores das escolas estaduais não estão satisfeitos com a qualidade da segurança oferecida pelo governo do Estado aos alunos e docentes que frequentam todos os dias os estabelecimentos de ensino.
"Não acreditamos que possa acontecer em nossa cidade a mesma tragédia ocorrida no Rio de Janeiro, mas existem sérios problemas de segurança que o Estado, omisso que é, não resolve. Principalmente em regiões mais vulneráveis, como é o caso do distrito de Jundiapeba", destacou o presidente da Apeoesp.
"É preciso um policiamento muito mais intenso. Por outro lado, o governo estadual deveria adotar como regra a utilização de uniformes e carteiras de identificação para todos os alunos. Sistemas de monitoramento e detectores de metal deveriam ser implantados para garantir mais segurança", continuou.
Luisinho também não poupou críticas à Prefeitura de Mogi. Para ele, a administração municipal falha ao não acelerar os investimentos para combater as desigualdades sociais, especialmente nos bairros mais afastados da cidade.
"Todos sabem que as injustiças sociais, a pobreza e a falta de opções de lazer e perspectivas profissionais incentivam a violência que afeta toda a sociedade e também as escolas. Por outro lado, a Prefeitura e o Estado não assumem a responsabilidade de instalar uma clínica para tratamento de pessoas viciadas no uso de droga. Esse problema afeta com extrema gravidade os jovens mais pobres nas periferias. E as escolas são alvos fáceis para traficantes e viciados".

Problemas
Segundo ele, esta situação expõe dois problemas: "A policia não combate com a eficiência necessária a questão da venda e do consumo de drogas e a Prefeitura e o Estado fazem jogo de empurra na hora de tratar os viciados", disse. "Tudo isso precisa ser discutido e tratado com mais seriedade pelas autoridades políticas", cobrou o representante dos professores da rede pública estadual de Mogi.

Fonte:Mogi News