quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Covas não é Xico - I

Márcio Siqueira
Divulgação/ Jorge Moraes


Covas não é Xico - I 
O prazo pedido pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Bruno Covas, ao prefeito Marco Bertaiolli, anteontem, para que verifique todo a novela criada pela insistência da Construtora Queiroz Galvão para implantar, goela abaixo da cidade, seu lixão no distrito industrial do Taboão, mostra uma diferença substancial de conduta entre Covas e seu antecessor na secretaria, o controvertido Francisco Graziano, o Xico. 


Covas não é Xico - II 
Primeiro: diferentemente de Xico, que costumava dar canseira aos pedidos de audiência por parte de autoridades mogianas que tratassem do lixão, Covas atendeu rapidamente e utilizou o bom senso: quer se inteirar do caso e aí, então, decidir sobre a marcação ou não de uma audiência pública.



Covas não é Xico - III 
Xico se estranhou diversas vezes com o então prefeito Junji Abe (DEM), durante o ápice da campanha anti-Lixão, em 2006 e 2007. Dizia, estranhamente, não poder fazer nada para impedir o "empreendimento". Covas, objetivo, quer usar a legalidade para exibir o capítulo final de um dramalhão mexicano sempre reprisado por omissão de um Estado repleto de brechas jurídicas e administrativas. 
Divulgação


Covas não é Xico-IV 
A sorte de Bruno Covas foi diferente da de Xico Graziano nas últimas eleições. Do grupo de Geraldo Alckmin (PSDB), o neto de Mario Covas foi o mais votado na disputa pela reeleição para a Assembleia Legislativa; Graziano, que se bandeou para o grupo de José Serra (PSDB) desde que ele virou governo, em 2007, ficou na campanha presidencial e perdeu a cadeira de secretário. Como se dizia antigamente, ele "foi para Portugal e perdeu o lugar". 


Encontrão 
Na terça-feira, Bertaiolli foi à sede da Secretaria de Meio Ambiente, na capital, para ser recebido por Covas. Um pouco antes, o deputado estadual Luiz Carlos Gondim Teixeira (PPS) havia saído de lá. Segundo uma fonte da secretaria, quase que Bertaiolli tromba com Gondim nos corredores da secretaria.



Desencontro 
Se o encontro tivesse ocorrido, nada demais teria acontecido. Apesar de conhecidos adversários e até desafetos já há alguns anos, Bertaiolli e Gondim são cordiais e educados, mas a troca somente de palavras indispensáveis teria sido registrada, principalmente se o diálogo dependesse do prefeito. Desde a campanha de 2008, Bertaiolli, que já não "engolia" Gondim, simplesmente riscou o deputado de seu mapa. E ponto. 
Guilherme Bertti


Só por Deus! 
Chama-se Miguel de Deus o dono da CTP, empresa que foi falada aos quatro cantos por conta dos serviços prestados à Prefeitura nas obras da avenida Miguel Gemma, perdoada pelo poder público depois de ter sido punida. Ligado historicamente a políticos da região, o empresário tem muitos amigos e poderes Estado adentro. "Ele foi perdoado por que é ´de Deus´", comentou um político, que completou: "E, irônico como sempre, deu uma de Miguel". 
Maurício Sumiya


Charuto para todos 
O advogado e ex-vereador José Carlos de Souza, o Charutinho, transita entre políticos de diversos partidos em sua ideia fixa de cancelar as multas expedidas pelo radar dedo-duro da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98). Com um filho que é assessor do "socialista" Chico Bezerra, Charutinho já recebeu a solidariedade do "democrata" Nabil Safiti, vive acompanhado dos petistas Clodoaldo Aparecido de Moraes e Rodrigo Valverde e, por último, foi à sede do Departamento de Estradas de Rodagem levado pelo "popular-socialista" Gondim. 


Charuto ecológico 
Charutinho, que na semana passada chorou ao relatar que tem uma cicatriz no peito de tanto se inflamar por causas que abraça, nega, mas seu nome é cotado para o retorno na disputa por uma cadeira na Câmara. Aos amigos, ele jura que, se for eleito, diferentemente de outros tempos e para respeitar a lei, não levará arma na cintura nas reuniões do Legislativo.



Ah, bom! 
Matéria publicada pelo Mogi News, na terça-feira, sobre as reclamações de moradores da Vila da Prata quanto à retirada de um radar eletrônico na avenida Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira, na Vila da Prata, deixou confundidas as cabeças de leitores menos atentos, que acham que o tal equipamento, este necessário, é o mesmo denunciado como bate-carteira. Que fique claro: o bate-carteira é o dedo-duro e fica na Vila Moraes.

Fonte:Mogi News