sexta-feira, 16 de agosto de 2019

LAYOFF: Gerdau de Mogi das Cruzes suspende 80 funcionários

6 horas atrás3 min. - Tempo de leitura

Silvia Chimello
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SITUAÇÃO Gerdau manteve baixos níveis de produção devido à recessão financeira Argentina. (Foto: arquivo)
A unidade da Gerdau de Mogi das Cruzes decidiu estender por mais um período o programa layoff para um grupo de cerca de 80 funcionários. A previsão é de que os trabalhadores voltem às atividades no início do próximo ano. A suspensão foi uma forma encontrada pela empresa e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes para enfrentar a crise econômica sem demissões.

O programa de layoff, segunda e empresa, foi ampliado porque a indústria automobilística no Brasil, principal consumidora de aços especiais, manteve baixos níveis de produção, consequência da recessão financeira argentina.

A empresa explica que a iniciativa, além de preservar os empregos existentes com licença remunerada, também oferece programa de qualificação profissional aos colaboradores envolvidos. A expectativa da Gerdau é de encerrá-lo até o final deste ano na fábrica de aciaria de Mogi, que continua vendo perspectivas otimistas para o Brasil.

“Embora nossas expectativas venham encontrando dificuldades de se materializarem em crescimento efetivo de demanda por aço, estamos certos de que esta movimentação virá em breve com as aprovações das reformas estruturais e com as iniciativas de estímulo à economia”, destaca a empresa em nota encaminhada a O Diário.

A Gerdau informa ainda que continua com seus investimentos em inovação e melhorias de processos como buscas constantes para maior competitividade do negócio.

O número de 80 funcionários que estão em sistema layoff foi divulgado pelo diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, David Martins, já que a empresa não comunica volumes por operação.

De acordo com Martins, a prorrogação teve o apoio da entidade, que tenta buscar alternativas para evitar demissões. “Temos que fazer de tudo para garantir os empregos. A expectativa é de que os funcionários retornem ao trabalho se a economia reagir”, reforça ele.

A suspensão temporária já havia sido adotada pela Gerdau em 2015 e 2016, pouco antes da decisão da empresa de desativar a aciaria, no auge da crise econômica, em 2017. Em março deste ano, a fábrica reiniciou as atividades na aciaria da unidade localizada no início da rodovia Mogi-Salesópolis. Um ano depois, a empresa firmou novo acordo de suspensão temporária dos funcionários com o sindicato, que começou a valer a partir da segunda quinzena de abril. Antes disso, a Gerdau tentou férias coletivas e o uso de banco de horas para enfrentar os problemas gerados pela baixa produção de aços especiais.

Fonte:O Diário de Mogi