sábado, 30 de dezembro de 2017

Balanço: projetos para suzano no próximo ano

Em 2018, segundo prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PR), ginásio pode ser inaugurado com time próprio, além da vinda de empresas e um resort
Foto: Irineu Junior/Secop Suzano


Ashiuchi
Em seu primeiro ano de mandato como prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi (PR), acredita que 2018 será o ano de grandes novidades para a cidade. Demonstrando bastante otimismo e em clima de descontração, Ashiuchi recebeu o Dat em seu gabinete e enumerou as conquistas realizadas em 2017, devidamente anotadas em uma lista sequencial em seu celular. Para Ashiuchi, o município fecha o ano com êxito, diante de uma crise político-econômica de âmbito nacional. "Dentro dessa dificuldade, desse cenário negativo, da maior crise que o país já viveu, Suzano avançou em muitos pontos importantes, que vejo que mostram a eficiência do nosso trabalho nesse primeiro ano", pontuou.
O prefeito de Suzano, que teve seu prestígio confirmado entre os colegas que administram outras cidades da região, ao ser eleito por unanimidade como presidente do Consórcio de Desenvolvimento do Municípios do Alto Tietê (Condemat), destacou que lutará pelo Alto Tietê e pelo município, com o mesmo afinco, pois é suzanense e sempre morou na cidade. "Minha vida é em Suzano, então quero fazer minha casa melhor", comentou. 
Diário do Alto Tietê: O senhor encontrou a Prefeitura em uma situação delicada, assim como a maioria dos prefeitos da região. Qual a análise que faz do seu primeiro ano de gestão?
Rodrigo Ashiuchi: Com exceção da Santa Casa, que sozinha tem uma dívida astronômica, mas a dívida da cidade pegamos com R$ 176 milhões, e um atraso no pagamento de fornecedores que chegava a cinco meses. Além disso, tínhamos uma situação caótica nas ruas de Suzano, com falta de limpeza, buracos, enfim, várias outras coisas. Ainda tem buraco, mas diminuiu muito. A dívida caiu e está na casa dos R$ 113 milhões, ou seja, pagamos boa parte. No dia 20 de dezembro, cheguei na cronologia do dia, pagando em dia. Pagamos também o 13º adiantado, no mês passado, e adiantamos o pagamento de dezembro. Nas ruas tampamos mais de 30 mil buracos. Faltam muitos ainda, mas tampamos uma grande quantidade, e estamos fazendo uma maior limpeza e melhor manutenção na cidade. Um exemplo que parece banal, mas são detalhes pequenos que fazem a diferença: pegamos a cidade quase sem nenhuma lixeira na rua e hoje você vê a quantidade de lixeiras, é só andar na rua. Tem lixeira azul de plástico e de ferro também. Isso mostra o nosso zelo pela cidade.
Dat: E em relação às obras conquistadas para a cidade neste ano?
Ashiuchi: Conquistamos obras importantes. Esse ano nós colocamos pré-vestibular municipal; um centro de convivência novo para idosos; temos o Parque Max Feffer recuperado, agora acabando a piscina; entregamos Guarda Civil Municipal (GCM) dentro do Max Feffer, e a 1ª Cia. da Polícia Militar (PM). Na Educação, entregamos duas escolas. Na Saúde, um Pronto-Socorro (PS) Infantil, um PS adulto, reformamos três UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e, dessas, duas já estão com horário estendido. Voltamos com atendimento médico no PA (Pronto Atendimento) de Palmeiras, que não tinha. Chamamos mais médicos também. Só na Santa Casa, chamamos cem profissionais, incluindo o PS. Remédio ainda tem falta de alguns, mas saímos de um patamar de 15% para 85%. Entregamos três ambulâncias, sete motos e três carros da GCM. Na área habitacional também houve sorteio esse ano de 1.600 casas, que serão entregues agora no primeiro semestre do ano que vem. O atendimento do PS saltou, até pela crise de outras cidades, onde tínhamos um atendimento diário de 500 pessoas e foi para quase mil, então, quase que dobrou o potencial de atendimento. Tampamos 30 mil buracos, fizemos a limpeza e manutenção de quase duas mil bocas de lobo, bueiros e podamos árvores. Além disso, estamos entregando instalada aqui no centro da cidade a manutenção da iluminação, e levando para o bairro. No centro, nas principais avenidas, Glicério (General Francisco), Benjamin (Constant), Armando Sales, Nove de Julho, Marques Figueira e em todo esse corte do nosso quadrilátero central, trocamos já mais de 1.500 lâmpadas e elas serão levadas para o bairro. Já no começo do ano teremos uma grande troca por led também. Estamos plantando duas mil palmeiras pela cidade para melhorar a estética, e já coletamos toneladas de lixo pelas ruas da cidade.
Dat: E quais os feitos de seu governo nesse primeiro ano? O que o sr. elencaria como principais?
Ashiuchi: A retomada da obra do ginásio do (Parque) Max Feffer e o lançamento do Hospital Federal. Vejo que são obras importantes na cidade. A conquista da verba da avenida Francisco Marengo também, com a ajuda dos deputados Márcio Alvino e André do Prado (ambos do PR). Tem os R$ 15 milhões que resgatamos para a Santa Casa, que são parcelados até 2019 em R$ 500 mil por mês. Então, são verbas que vão ajudando a cidade, resgatando a autoestima, mas temos muito que fazer ainda pelo município. Está longe do que a gente espera, mas mostra que Suzano já voltou a andar para a frente, voltou a caminhar.
Dat: E sobre os desafios, o que o sr. gostaria de ter feito esse ano e ainda não deu para fazer.
Ashiuchi: Eu queria ter começado esse ano, mas tenho fé que vou começar no próximo ano a Marginal do Una, que vou iniciar a obra para terminar. Também vou tentar resgatar a Fatec na nossa cidade. A gente reformou muitos lugares importantes, mas gostaríamos de reformar outros também. Por exemplo, na Cultura, fizemos o resgate de praticamente todos os equipamentos que estavam destruídos aqui na cidade, desde centros culturais até o Casarão das Artes e a própria Biblioteca Central. O estádio municipal pintamos e reformulamos. Está ficando lindo o estádio. O ginásio Paulo Portela já arrumamos por dentro, agora falta a pintura. E estamos atualmente reformando as escolas. Uma coisa importante que vou entregar, tenho certeza, é uniforme e material. Temos ainda cinco UBSs para serem entregues. Tem também o Pronto Atendimento da Mulher, que fizemos. Entregamos três praças revitalizadas e fizemos a revitalização do Largo da Feira. Em janeiro, também vou entregar uma escola no Miguel Badra. 
Dat: Com tanta coisa que o sr. tem ainda por fazer, recentemente assumiu a presidência do Condemat. Como pretende dividir essa multiplicidade de tarefas?
Ashiuchi: Eu acordo cedo e durmo tarde. Estamos de domingo a domingo nas ruas. É a primeira vez que tenho um cargo público e é o primeiro ano que sou prefeito, então, trago muito ainda da experiência da iniciativa privada. Lógico que aprendemos muito com a iniciativa pública. É um eterno aprendizado, uma soma. O Condemat vem muito unido, fui eleito de forma unânime, houve um consenso. Acho que há confiança no nosso trabalho e também confio nos prefeitos, na prefeita de Santa Isabel (Fábia Porto, PRB), e acho que juntos podemos fazer muito mais pela região. O Condemat vem mudando para um consórcio executivo, o que vai nos propiciar fazer compras em conjunto, seja de remédios ou fazer novos consórcios. Vou batalhar ainda junto ao governo do Estado para que as cidades tenham avanço na parte de pavimentação e estrutura. Quero criar um grupo dentro dele, voltado para projetos. Uma consultoria que dê suporte às Prefeituras na busca de projetos e parcerias. Suzano, aliás, avançou muito em parcerias e contrapartidas público-privadas.
Dat: Suzano vai fechar esse ano de 2017 com superávit?
Ashiuchi: Sim. Além de pagar todas as contas, diminuir esse gasto enorme que Suzano teve, acho que é uma das poucas cidades do país que vai virar o ano com superávit de alguns milhões. Isso é fruto de administração. Diminuímos os contratos de 10% a 15%, revisamos todos e cortamos gastos excessivos.
Dat: Vai haver concurso público no ano que vem?
Ashiuchi: Vamos lançar concurso no começo do ano para a GCM, administrativo, engenheiros, médicos, enfim, para vários cargos.
Dat: E carnaval?
Ashiuchi: Carnaval não vai ter, porque o dinheiro do Carnaval eu vou investir em outras áreas. Estou guardando para comprar uniforme escolar. 
Dat: E o relacionamento com a Câmara, como tem sido?
Ashiuchi: O relacionamento com a Câmara tem sido muito bom. A maioria dos nossos projetos foram aprovados de forma unânime, quase que na totalidade. Houve um ou outro voto contrário, mas nossa relação é de parceria e eles estão entendendo o cenário da cidade, a seriedade do nosso trabalho. Também não faço nada sozinho, eu, o vice-prefeito (Walmir Pinto, PDT). E a Larissa (primeira-dama) também tem me ajudado muito. O trabalho dela como primeira-dama tem sido fantástico.
Dat: E quais as novidades que o sr. pode nos adiantar para o ano que vem?
Ashiuchi: Tenho boas novidades. Estou lutando e trabalhando para que Suzano tenha o início das obras de recuperação da Marginal do Una, para que tenha uma Fatec, que é um "fantasma" do passado, e que resolva, de uma vez por todas, a alça do Rodoanel. O ginásio do Max Feffer quero entregar em março, em tempo recorde. As ruas no centro vão mudar a "cara" de Suzano, que são a Sete de Setembro, que vai da Roberto Simonsen até a avenida Paulista, e a rua que sairá da Armando Sales até a Roberto Simonsen. Então, vai mudar o traçado do centro suzanense. Esse ano fizemos o Plano Diretor, e há mais de uma década que lutavam e não acontecia. No ano que vem, quero entregar um Plano de Mobilidade Urbana no município. Também revitalizamos o Velório e os cemitérios da cidade. Há ainda os R$ 14,5 milhões da estação de trem e quero entregar, no ano que vem, a passarela do Parque Maria Helena. As obras da avenida Francisco Marengo e a ciclovia que também quero entregar. Suzano merece. Estava muito esquecida.
Dat: Alguma mensagem que queira deixar para a população?
Ashiuchi: A cidade não está perfeita. Tem muito que se fazer ainda. Ainda temos problemas com buraco, falta de remédio em alguns lugares, até porque recebemos demandas grandes de outras cidades, mas a mensagem que quero deixar é que Suzano começou a andar para a frente. Se fizermos um estudo do que foi feito, acho que conseguimos tirar Suzano da inércia e voltar a andar. Temos muito que caminhar ainda, mas a mensagem que deixo é de esperança, de um novo ano, que vai ser muito bom para a cidade. O suzanense está começando a voltar a acreditar no município. Lógico que muitos ficam desconfiados, mas a cidade será referência no Alto Tietê e no Estado. Nossa administração é séria e isso pode ser visto em números, na parte financeira, pois fechamos 2017 com superávit, adiantando pagamento para os servidores (tem cidade que nem vai receber), mais de R$ 60 milhões pagando em dívida e em dia, então, vejo que Suzano tem tudo para voltar a dar alegria. Creio que vai ter um grande resort na cidade em breve e, quem sabe, se houver patrocínio, um time de vôlei que leva o nome da cidade e que pode ser apresentado quando for feita a inauguração do ginásio (no Max Feffer). Suzano gerou muitos empregos e no começo do ano vou trazer mais duas empresas, sendo mais um mercado e uma do ramo de aço. 

Fonte:Mogi News