sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

QUADRO DESTAQUE: Chuva desta quinta-feira alagou diversos bairros de Mogi

27 de janeiro de 2017  QUADRO DESTAQUE  
A Avenida Anchieta, em Braz Cubas, ficou alagada. (Foto: Divulgação)
A Avenida Anchieta, em Braz Cubas, ficou alagada. (Foto: Divulgação)

SILVIA CHIMELLO
O vento forte e a chuva que caiu nesta quinta-feira (26) por voltas das 13 horas deixaram saldo negativo em Mogi das Cruzes, com alagamentos no Centro e em vários bairros. Houve muitas quedas de árvores, problemas com equipamentos públicos, deslocamento de asfalto, buracos e sujeira nas ruas. Logo depois do temporal, que durou menos de uma hora, as frentes de trabalho da Prefeitura saíram às ruas para iniciar a limpeza e minimizar os impactos negativos à população.

Houve alagamentos na região central, atingindo a Avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco, nas ruas Tenente Manoel Alves dos Anjos e José Éboli e adjacências da Praça da Bandeira.


A Prefeitura esclarece que a sirene existente naquela região foi acionada por volta das 13h20 para alertar comerciantes e moradores sobre os riscos de transbordamento do Ribeirão Ipiranga, além de servir como aviso aos motoristas para retirarem os carros estacionados nas proximidades. Ruas chegaram a ser interditadas, mas após o término da chuva, a água escoou e as vias foram liberadas.

O Rio Negro transbordou em alguns trechos atingiu várias casas na Avenida Francisco Salessa, na Vila Natal. “Sempre que chove forte, a água sobe pelo esgoto e atinge as casas próximas ao rio. O problema é antigo, a Prefeitura já foi informada e a Defesa Civil também o conhece. A preocupação é com desmoronamento, porque as pedras colocadas na lateral para dar sustentação estão se soltando”, observa o morador Edmilson Barbosa Lima de Andrade.

O morador da Avenida Anchieta, em Braz Cubas, Anderson Bezerra, está “indignado” com a situação. Ele disse que sempre que chove mais forte, “o esgoto transborda pela via e deixa muita sujeira e mau cheiro”.

A Rua Andiroba, entre outras do Jardim Planalto, ficaram alagadas. O piscinão, localizado no Parque Santana, chegou a cinco metros, sendo que o nível máximo do local é de 8 metros.

Além disso, foram registradas quedas de árvores nas ruas Aleixo Costa (Centro), José Eboli (Centro), Iracema Brasil Siqueira (Vila Oliveira), Praça Antonio Nogueira (Centro), no canteiro central da Avenida Francisco Ribeiro Nogueira (Caputera) e nas estradas Jinichi Shigueno (Cocuera) e Crispim (Biritiba Ussu). Houve queda de galhos de árvores na Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães.

Os ventos fortes provocaram ainda a quebra da parte superior do mastro da bandeira existente na Praça Kazuo Kimura, no Mogilar. O conserto, segundo a Prefeitura, será feito com apoio do Corpo de Bombeiros, por causa da altura em que ocorreu o problema.


A pavimentação também foi afetada com o grande volume de água. As vias públicas ficaram esburacadas, cheias de pedras que se soltam do asfalto. Na Rua Domingos Antonio Laureano, no Conjunto Álvaro Bovolenta, houve o deslocamento de parte do asfalto, formando um buraco.

Os trabalhos de manutenção estão previstos para começar hoje, de acordo com a Prefeitura. Logo depois do temporal, cerca de 100 funcionários das secretarias municipais de Segurança, Serviços Urbanos e Transportes e da Guarda Municipal trabalharam no atendimento aos problemas e iniciaram a retirada das árvores.

De acordo com a Defesa Civil, do dia 1º de janeiro até as 7 horas de ontem foram registrados 366,3 milímetros (mm) de chuva em Mogi das Cruzes, sem contabilizar o volume que caiu a tarde. O volume é o maior dos últimos anos para o período. Para se ter uma ideia, de 1º a 26 de janeiro de 2016 foram 251,7 mm; em 2015, o volume no período chegou a 46,6 mm; em janeiro de 2014 ficou 124,3; e em 2013 atingiu 146,7 mm. 

Fonte:O Diário de Mogi