Foto: Ney Sarmento
Funcionários realizam reparo em bueiro sobrecarregado por causa das chuvas
Com o aumento das chuvas no início do ano, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) reforça as orientações à população sobre o uso correto do sistema de esgoto. Nesta época, os pedidos de manutenção chegam a dobrar, de 15 solicitações diárias registradas, em média, o número chega a 30 em janeiro. As solicitações referem-se a vazamentos, entupimentos e retorno de água para dentro das residências. Na maioria dos casos, isso indica a existência de ligações de água pluvial conectadas à rede, o que é errado e precisa ser corrigido pelos próprios cidadãos.
O diretor do Departamento de Operações do Sistema de Esgotamento Sanitário do Semae, Gessé Cardoso de Oliveira, explica que o sistema de escoamento de águas pluviais é projetado para encaminhar a água da chuva para as galerias, de onde seguem o caminho natural até os córregos e rios da cidade. Já o sistema de esgoto conduz o material das casas para as estações de tratamento. "São sistemas diferentes e que não devem ser interligados. Quando isso acontece, a rede de esgoto fica sobrecarregada e acontecem os problemas", comenta.
Entre estes problemas, estão os vazamentos em tampões de rede de esgoto, que são visíveis nas ruas e avenidas após dias chuvosos, e os entupimentos de tubulação.
Outro tipo de ocorrência comum é o retorno de esgoto para dentro das casas: isso acontece porque o volume de líquido que chega às tubulações acaba sendo muito grande, voltando para dentro das residências e causando transtornos aos moradores. O resultado deste processo também é visto na Estação de Tratamento de Esgoto do Semae, em César de Souza, onde é possível notar o aumento significativo do volume de líquido, no caso esgoto misturado com a água da chuva.
Oliveira lembra que, no caso da Estação de Tratamento, o Semae possui um sistema de filtragem que acaba separando galhos e gravetos que chegam junto com o esgoto, evitando problemas no tratamento. No cotidiano, a autarquia eleva de forma significativa o número de manutenções relacionadas a casos do tipo. São utilizados nestas ações principalmente os caminhões combinados do Semae, que fazem a sucção dos detritos acumulados na rede e o jateamento, com água sob pressão, no interior dos canos.
O diretor salienta, porém, que esta solução é apenas paliativa. Para resolver o problema de forma definitiva, é necessário que cada morador faça uma verificação do sistema de escoamento de água de sua residência.
O normal é que as calhas conduzam a água da chuva para as galerias nas ruas, e de lá para as bocas-de-lobo. Caso seja identificada uma ligação para a rede de esgoto, a separação deve ser providenciada o mais rápido possível.
Fonte:Mogi News
