"Hoje é um dia histórico para a nossa cidade. Oficialmente o último presidente que visitou Mogi foi Castelo Branco (Humberto de Alencar Castelo Branco), em 1966, na inauguração da Aços Anhanguera. Tivemos uma passagem rápida de José Sarney e de Figueiredo, mas não para uma solenidade oficial", disse o prefeito de Mogi, Marco Bertaiolli (PSD).
Na ocasião, Temer ressaltou que o evento foi uma entrega simbólica. "Eu quero cumprimentar todos que hoje receberam as casas, mas quero cumprimentar as 170 mil famílias que, de maio para cá, acabaram recebendo novas habitações em todo o Brasil. E quero cumprimentar, no futuro, as 500 mil famílias que resultarão pelas construções que serão feitas neste ano de 2017", destacou. O presidente ainda agradeceu o carinho com que foi acolhido pelos mogianos. "Quero dizer que, quando estiver com dificuldades, eu venho receber esse afago do povo de Mogi das Cruzes", comentou.
Já o ministro das Cidades, Bruno Araújo, informou que a escolha de Mogi para a realização da solenidade foi motivada pela boa gestão de Bertaiolli. "O presidente fez uma recomendação, queria que o ministério escolhesse para homenagear, em um ano tão difícil para os brasileiros, um município que tivesse boa liderança e um bom prefeito. Mogi foi escolhida pela história e pela competência de seu gestor", justificou.
O reconhecimento do trabalho feito pelo chefe do executivo mogiano também predominou no discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Bertaiolli governa hoje a sétima melhor cidade do Brasil para se viver. A gente vê por todo lado os frutos de seu trabalho e de sua equipe", avaliou.
O tucano reforçou a satisfação em participar da realização do sonho da casa própria: "Ficamos muito felizes em somar esforços para que as famílias possam alcançar esse objetivo e desejo a todos muitas felicidades".
Essa soma de esforços também foi frisada por Bertaiolli. "Trabalhamos muito para que essa entrega pudesse ocorrer antes do dia de Natal, pois era nosso desejo que essas 420 famílias pudessem de alguma forma já comemorar a unidade habitacional própria. Nós temos nessa manhã (de ontem) o exemplo do que é trabalhar pela população independente de partido político", concluiu.
Estados
Durante a coletiva de Imprensa, Temer anunciou que deve sancionar o projeto de lei aprovado anteontem pela Câmara dos Deputados, que dispõe sobre a renegociação de dívidas dos Estados, e também fez questão de destacar que a retirada das contrapartidas do texto não representou uma derrota.
"O que nós mandamos, foi exatamente um projeto de lei para confirmar a repactuação da dívida que nós fizemos com os Estados. Depois, em face de dificuldade de alguns Estados, a Fazenda até propôs a hipótese da recuperação fiscal, que é algo assemelhada à recuperação judicial, que se faz com o setor privado. E essa recuperação, evidentemente, exige uma série de contrapartidas, porque senão você autoriza a recuperação e, logo depois, o Estado vai, enfim, se me permite a expressão, 'para o vinagre' da mesma maneira. E isso é impossível".
Multidão acompanhou a cerimônia realizada ontem no bairro Porteira Preta
Temer agradeceu a acolhida na cidade e elogiou a gestão do prefeito Bertaiolli
Famílias comemoram conquista
Após anos de espera e apreensão, 420 famílias de Mogi das Cruzes conquistaram ontem o sonho da casa própria ao receberem as chaves dos apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, instalados na avenida Kaoru Hiramatsu, no bairro Porteira Preta
Após anos de espera e apreensão, 420 famílias de Mogi das Cruzes conquistaram ontem o sonho da casa própria ao receberem as chaves dos apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, instalados na avenida Kaoru Hiramatsu, no bairro Porteira Preta. Entre elas está a família da operadora de caixa Amanda Clarice Almeida do Nascimento, de 28 anos, que teve sua chave entregue pelas mãos do presidente da República, Michel Temer (PMDB), e do governador Geraldo Alckmin (PSDB). "É a realização de um sonho. Fiz a inscrição no programa em 2009 e estou muito feliz em ter a minha casa própria, onde poderei morar tranquilamente junto com três crianças", comentou.
A alegria foi compartilhada pela auxiliar de serviços gerais Eliete Barros Fernandes, 59. "Até então eu estava morando de favor. Agora finalmente vou poder ir para o que é meu, sem a preocupação de alguém tentar me tirar de casa. É um dia muito especial", comentou. O caseiro Adelson Eugênio Neves dos Santos, 36, por sua vez, comemorou o fato de poder deixar um imóvel de herança para a filha Ana Júlia, 6. "Há 15 anos venho lutando para ter minha casa e hoje eu consegui, Isso me dá tranquilidade de que o futuro da minha filha estará garantido", contou.
Já o motorista Anderson Borges dos Santos, 36, ressaltou a importância da conquista para ele e a esposa Rosângela Ortega, 34. "É uma honra ter o Temer participando dessa solenidade, pois para nós é um momento muito importante e bastante aguardado", frisou.
Os empreendimentos Itapeti e Ypê receberam investimento de R$ 40,3 milhões, sendo R$ 31,9 do governo federal e R$ 8,4 milhões do estadual. A área privativa das unidades é de 44,12 metros quadrados, divididos em dois quartos, circulação, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, com piso cerâmico em todos os ambientes.
Cada unidade está avaliada em R$ 96 mil, porém, conforme as regras do programa, as famílias pagarão parcelas mensais de R$ 80 a R$ 270 por cada uma delas, por um período de dez anos. (S.L.)
Projeto de renegociação com os Estados deve ser sancionado
O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou que deve sancionar o projeto de lei aprovado anteontem pela Câmara dos Deputados, que dispõe sobre a renegociação de dívidas dos Estados com a União. O anúncio foi feito na manhã de ontem, durante visita a Mogi das Cruzes. Durante coletiva de Imprensa, o peemedebista fez questão de destacar que o fato dos deputados terem retirado do texto as contrapartidas defendidas por sua equipe econômica não representou uma derrota para o governo.
“A primeira impressão foi curiosa, de que o governo foi derrotado. E não é nada disso. O que nós mandamos, foi exatamente um projeto de lei para confirmar a repactuação da dívida, que nós fizemos com os Estados. Depois, em face de dificuldade de alguns Estados, a Fazenda até propôs a hipótese da recuperação fiscal, que é algo assemelhada à recuperação judicial, que se faz com o setor privado. E essa recuperação, evidentemente, exige uma série de contrapartidas, porque senão você autoriza a recuperação e, logo depois, o Estado vai, enfim, se me permite a expressão, ‘para o vinagre’ da mesma maneira. E isso é impossível."
O texto aprovado prevê ainda o alongamento do prazo de pagamento por 20 anos e a suspensão de parcelas até o fim deste ano, com retomada gradual a partir de 2017. (S.L.)
Fonte:Mogi News
