quarta-feira, 13 de abril de 2016

Junji será o candidato do PSD

Junji será o candidato do PSD
 Bertaiolli disse ontem que Junji deve disputar as próximas eleições pelo grupo de partidos que dá apoio à atual administração / Foto: Arquivo
 12 de abril de 2016  Comentários (0)  Cidades  3
 Bertaiolli disse ontem que Junji deve disputar as próximas eleições pelo grupo de partidos que dá apoio à atual administração / Foto: Arquivo
Bertaiolli disse ontem que Junji deve disputar as próximas eleições pelo grupo de partidos que dá apoio à atual administração / Foto: Arquivo

O candidato a prefeito do grupo político da situação mogiana será mesmo o atual suplente de deputado federal, Junji Abe (PSD). A informação foi divulgada ontem, pelo prefeito Marco Aurélio Bertaiolli (PSD) que, após reuniões, no sábado e domingo, chegou à conclusão de que o ex-prefeito será mesmo o que deverá disputar as próximas eleições pelo grupo de partidos que dá apoio político à atual administração municipal.

“O Junji se credenciou para ser o nosso candidato”, disse Bertaiolli a O Diário, acabando de vez com as expectativas que vinha mantendo em torno do concorrente à sua sucessão nas eleições de 2 de outubro próximo.

O prefeito falou sobre o assunto rapidamente com o repórter, mas foi claro ao dizer que a indicação de Junji foi sacramentada no último final de semana.
Com o candidato a prefeito do grupo já definido, as atenções irão se voltar agora para a escolha daquele que será o virtual candidato a vice na dobradinha com Junji.
Bertaiolli nada adiantou sobre tal candidatura. Mas há vários nomes interessados na vaga para ser o companheiro de chapa do prefeiturável do grupo político do atual prefeito de Mogi, o que certamente tornará a disputa bem acirrada. O peemedebista Mauro Araújo, o pessebista Chico Bezerra e pessedista Antonio Lino são alguns deles. Os dois estariam dispostos a trabalhar unidos para negociar o tempo de televisão que seus partidos poderão agregar ao da aliança que apoia Junji. Ambos têm pressionado pela vaga anunciando possíveis candidaturas à Prefeitura, caso não sejam atendidos.
No entanto, antes de anunciar o nome de Junji Abe como candidato a prefeito, Marco Bertaiolli tomou o cuidado de encaminhar dois nomes de sua mais absoluta confiança – o secretário de Saúde, Téo Cusatis, e o diretor-superintendente do Semae, Marcus Melo – para se filiarem ao PSDB, partido que, nas duas mais recentes eleições municipais, indicou Cuco Pereira para ser o vice de Bertaiolli.
Assim, não será surpresa se um dos dois recém-filiados venha a ser indicado como o companheiro de chapa de Junji. Isso pode ter sido, inclusive, negociado durante as anunciadas reuniões do último final de semana.
E caso isso aconteça, deverá ocorrer uma negociação mais direta com os três vereadores postulantes ao cargo – Araújo, Bezerra e Lino – para se evitar possíveis cisões no grupo de apoio ao candidato do prefeito. E aí poderá ser usada como moeda de troca a possível participação deles, de alguma forma, na futura administração, caso Junji venha mesmo ser eleito prefeito de Mogi para um terceiro mandato. Junji já comandou a Cidade por dois mandatos seguidos, entre os anos de 2001 e 2009, quando foi sucedido por Bertaiolli, o qual se manteve no cargo até agora.

Sucessão
Com a definição de Junji Abe como candidato situacionista, começa a se definir, de uma vez por todas, o quadro sucessório para as próximas eleições na Cidade. Resta agora a confirmação das prováveis candidaturas do deputado Luiz Carlos Gondim Teixeira (SD), Rodrigo Valverde (PT) e até mesmo de Chico Bezerra e Mauro Araújo, caso não venha a ocorrer um acordo com a atual administração.
A indicação de Junji traz outra incógnita para o cenário político da Cidade. Até agora, havia rumores de que o ex-deputado e principal comandante do PR, Valdemar Costa Neto, teria ameaçado lançar uma candidatura a prefeito de seu partido, caso o concorrente oficial fosse Junji Abe, segundo consta, seu desafeto na política.
Ainda na sexta-feira passada, durante uma reunião do PR com seus virtuais candidatos a vereador, o deputado estadual Marcos Damásio, responsável pela montagem da chapa na Cidade, evitava falar sobre candidatura a prefeito, alegando que ainda era muito cedo para isso.
Damásio sempre procurou deixar a decisão sobre o candidato situacionista nas mãos do prefeito Marco Bertaiolli. Mas também nunca escondeu seu desejo de disputar as próximas eleições como prefeiturável do PR.
O adiamento da discussão sobre tal candidatura, providencialmente citado por ele durante o encontro – do qual também participou o prefeito Marco Bertaiolli – pode ser um indicativo de que surpresas poderão acontecer.
Resta saber se todos esses aspectos foram devidamente costurados pelo prefeito antes do anúncio de Junji, ou se tudo isso vai ser resolvido a partir de agora, o que pode ser um complicador a mais para seu grupo nesta que já é considerada pelos políticos como “a mais surpreendente eleição de todos os tempos na Cidade”. (Darwin Valente)

Fonte:O Diário de Mogi