sábado, 6 de julho de 2013

Mogi-Bertioga Obra gera reclamação de moradores

Mogi-Bertioga
Obra gera reclamação de moradores
Vizinhos da Vila Moraes e comerciantes dizem que estão sendo prejudicados por uma construção particular
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Obra está sendo realizada por uma empresa privada que diz ter sido obrigada pelo DER a fazer a intervenção. Já o DER diz que foi a empresa que quis iniciar o serviço
Uma obra iniciada há poucos dias no trecho urbano da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98) está gerando transtornos aos comerciantes e moradores que estão às margens da via. A queixa em comum dos populares, que procuraram ontem a Redação do Mogi News, é por causa de uma intervenção na altura do km 57, em frente a um bufê infantil, na Vila Moraes. 
O proprietário do estabelecimento, que pediu para não ser identificado, afirma que recebeu determinação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para implantar, num prazo de 180 dias, uma faixa de desaceleração de acesso ao estabelecimento. A pista "extra" teria cerca de cem metros de comprimento, compreendendo, além do bufê, um bar e um grupo de cinco casas. 
"Os representantes do DER me disseram que, se eu não fizesse essa obra, eles interditariam o meu estabelecimento. Então, não tive escolha e tomei as providências que o órgão determinou: comecei a fazer a obra", disse. "São R$ 70 mil de investimento que tive de fazer por pressão e não por livre e espontânea vontade. Ou seja, lamento pelos transtornos causados, mas esta não é minha intenção. Só sigo a determinação do DER", reforçou o empresário. 
Morador há 48 anos da região, o aposentado Cacio Ienoue se diz prejudicado com as intervenções. "Do jeito que começaram a fazer a obra, ocupando grande parte da entrada das casas e do comércio, ninguém consegue entrar ou sair de carro. Estamos ilhados", reclamou. "Nem ambulância entra aqui", completou o aposentado.

Jorge de Fátima da Cunha, dono de um estabelecimento comercial às margens da Mogi-Bertioga, afirma que em dois dias de construção (entre quinta-feira e ontem), o movimento do bar caiu 50%. "O maior público é formado por caminhoneiros e estudantes que passavam por aqui em busca do café da manhã ou de petiscos. Agora, com a obra na porta do meu estabelecimento, quase ninguém para por aqui. Com quem divido esse prejuízo?", indagou. 
O empreiteiro responsável pela obra, que não quis revelar o nome, garantiu que em até duas semanas todo o trabalho será concluído.

O DER, por sua vez, admitiu conhecimento da obra, mas nega que seja de sua responsabilidade. "O proprietário do referido estabelecimento entrou em contato com o DER solicitando uma autorização para execução da obra, que, além de beneficiar a entrada de seu estabelecimento, garantiria melhores condições de segurança aos motoristas e usuários da rodovia, pois evitaria cruzamentos indevidos no trecho". O DER disse, ainda, que determinou que o local fosse sinalizado e atendesse a todos os requisitos de segurança para a realização da obra. O órgão encaminhará uma viatura de inspeção ao local para avaliar a reclamação dos moradores.

Fonte:Mogi News