sábado, 18 de maio de 2013

Contra a violência sexual Caminhada marca dia contra abuso sexual


Contra a violência sexual
Caminhada marca dia contra abuso sexual
A data que é celebrada hoje está sendo reforçada com a fiscalização de comércios que devem afixar cartazes de alerta contra exploração sexual
Luana Nogueira 
Da Reportagem Local
Jorge Moraes

Manifestação no Largo do Rosário: maioria dos casos acontece dentro de casa, com familiares
Uma caminhada pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes foi realizada ontem, no Largo do Rosário. A data que é celebrada hoje está sendo reforçada com a fiscalização de comércios que devem afixar cartazes alertando que a exploração sexual e o tráfico de crianças e adolescentes são crimes e devem ser denunciados. O evento contou com a participação de membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Secretaria de Saúde, além de Assistência Social e Conselho Tutelar. Crianças da escola municipal Coronel Almeida participaram da campanha.

Durante o ano passado, foram registrados 89 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes em Mogi das Cruzes. Deste total, 49 registros envolvem crianças de até 11 anos. A médica pediatra da Secretaria de Saúde e também membro do CMDCA, Janete Nagasawa Sato, informou que as principais vítimas deste crime são meninas na adolescência.

A médica informou que o distrito de Jundiapeba foi o local que mais registrou casos de abusos sexuais contra crianças na cidade. O Jardim Aeroporto II foi o segundo no ranking. No primeiro bairro, foram feitas atividades de conscientização durante todo o dia, já no segundo, foi feita, no período da tarde, uma caminhada semelhante à promovida no centro.

Janete destacou que os principais problemas que as vítimas de violência sexual sofrem são sentidos mais tarde. "Elas ficam traumatizadas e ansiosas. Muitas vezes, os abusos são praticados pelo provedor da casa ou por pessoas próximas à família", acrescentou. As denuncias podem ser feitas por meio do Disque 100 e o anonimato da pessoa é garantido. Os casos que são suspeitos também são investigados pelos órgãos responsáveis.

A pediatra ressaltou que os casos de violência estão sendo mais denunciados em Mogi. "Em 2012, a cidade registrou mais de 2 mil casos de violência contra a criança. Esse número não quer dizer que mais crianças passaram a ser agredidas, porque os casos sempre ocorreram, mas as pessoas estão passando a denunciar. Hoje, os crimes ocorreram em toda a cidade, no entanto, a periferia ainda é a área que registra mais casos", afirmou.

Fonte:Mogi News