sábado, 18 de maio de 2013

até o fim do ano Prefeitura promete zerar a fila da saúde mental


até o fim do ano
Prefeitura promete zerar a fila da saúde mental
Segundo secretário-adjunto de Saúde de Mogi, Marcello Cusatis, isso será possível com a contratação de novos profissionais, por meio de concurso
Noemia Alves
Da Reportagem Local

Cusatis falou sobre as melhorias em coletiva de Imprensa
O secretário-adjunto de Saúde, Marcello Cusatis, anunciou ontem a contratação de mais cinco médicos psiquiatras para atuar na rede municipal, por meio de concurso público, a fim de atender os cerca de 2 mil pacientes que aguardam por atendimento de saúde mental. 
Os novos médicos devem começar a trabalhar no segundo semestre e a atender uma média de 400 a 500 pacientes por mês. Com isso, segundo Cusatis, "seria possível zerar, ainda neste ano, a fila de espera pelo início de tratamento psiquiátrico na rede municipal". Contudo, segundo inquérito instaurado pelo Ministério Público - ao qual o Mogi News teve acesso há cerca de dois meses - existem, atualmente, cerca de 4 mil pacientes, aguardando por um primeiro atendimento no setor. 
A justificativa apresentada pelo secretário-adjunto da Saúde, durante entrevista coletiva para divulgação das atividades em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial (celebrado hoje), é que os 2 mil pacientes restantes são originários de outras cidades da região e que não contam com uma assistência para pacientes com problemas mentais ou dependência química. 
"Temos uma rede praticamente completa no que se refere à saúde mental. Durante três anos, foram mais de 24 mil atendimentos em Ambulatório, Caps (Centro de Assistência Psicossocial), Cecco (Centro de Convivência e Cooperativa), que propõe a ressocialização, na fase final do tratamento, com oficinas terapêuticas e atividades físicas. Além disso, estamos prestes de ter uma clínica de internação (em Jundiapeba), além de Caps AD, em Brás Cubas, para dependentes. Enfim, somos referência regional e, quando há pedidos ou decisões judiciais, temos de dar esse tratamento, mesmo às pessoas que não são da cidade", confirmou a médica coordenadora da saúde mental no município, Sônia Friedrich. 
Ao todo, segundo ela, são atualmente seis profissionais para assistir 800 pacientes, dos quais 300 com alguma dependência química (álcool ou drogas). "Desse grupo, ao menos 60 são pessoas em situação de rua, com outros transtornos graves, o que dificulta ainda mais a recuperação e a ressocialização. Pacientes que sofrem de transtornos mentais precisam fazer tratamento constante, para o resto da vida. Enfim, com o concurso público e a chegada de mais médicos, podemos reduzir e até zerar a fila de espera, por meio de mutirão. Mas isso, hoje, este ano, porque a demanda tende a aumentar. Serão novos pacientes se somarmos com os antigos. Quem tem transtorno ou dependência química raramente tem alta".

Fonte:Mogi News