SaúdeBebê pode ter morrido de meningite
Última morte por causa da doença foi registrada em Mogi em 2011. Pessoas do bairro da vítima foram medicadas
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Erick Paiatto
Criança de apenas 9 meses morava no Residencial Itapeti, mesmo bairro onde também fica a creche municipal onde ela era cuidada
Um bebê de 9 meses morreu ontem com sintomas característicos de meningococcemia. A Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes já adotou a quimioprofilaxia, que é a medicação para as pessoas que tiveram contato íntimo e prolongado com a vítima, incluindo 11 alunos e sete funcionários da creche do Residencial Itapeti, onde a menina ficava.
Amostras foram enviadas ao Instituto Adolf Lutz e o resultado deve sair em 30 dias.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado no 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, a menina chegou da creche com febre alta e manchas roxas no pescoço. A mãe deu banho, mas o quadro não melhorou. A criança foi levada para o hospital, mas não resistiu e morreu.
A suspeita é de que a menina tenha morrido de meningite do tipo B, o mais grave dessa doença.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que já foram tomadas todas as providências indicadas pelo Ministério da Saúde para o caso suspeito.
A Vigilância Epidemiológica de Mogi esteve, ontem à tarde, no hospital, na casa e na escola onde estudava a criança e aplicou a quimioprofilaxia em 29 pessoas (11 familiares, 11 alunos e sete funcionários da creche). O material para análise foi coletado e enviado para São Paulo, onde será possível confirmar ou não a doença. O resultado deve ficar pronto em um mês.
A quimioprofilaxia é a administração de medicamento (antibiótico) para as pessoas que tiveram contato íntimo e prolongado (mínimo de quatro horas ou mais) com a vítima, principalmente em ambientes fechados, como os moradores da mesma casa e os alunos da mesma sala de aula. O objetivo do procedimento é reduzir a possibilidade de transmissão.
Este é o primeiro óbito suspeito de meningococcemia registrado neste ano. A meningococcemia é uma doença de evolução rápida e alto grau de letalidade. Em janeiro do ano passado, a Vigilância acompanhou o caso de uma menina de 3 anos, que mora na Vila Natal e foi internada no Hospital Luzia de Pinho Melo com sintomas da Meningite C. No ano anterior, um menino de 6 anos também morreu de meningococcemia. Ele morava em César de Souza e foi atendido no posto de saúde da Vila Suissa com sintomas de inflamação na garganta. Rapidamente, o quadro evoluiu e o menino não resistiu.
Fonte:Mogi News
