terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Crise Santas Casas ameaçam fazer greve



Crise
Santas Casas ameaçam fazer greve
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Divulgação

Representantes de Santas Casas de todo o Estado se reuniram ontem na Assembleia Legislativa
As Santas Casas de Mogi das Cruzes, Suzano e outras centenas de hospitais filantrópicos de todo o Estado de São Paulo ameaçam suspender o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em data a ser definida, no mês de abril, as instituições devem paralisar as consultas eletivas em ambulatório e cirurgias. Apenas casos emergenciais deverão ser atendidos. 
A decisão drástica, na verdade, faz parte de um movimento estadual liderado pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) para pressionar o Ministério da Saúde a reajustar a tabela do SUS. 
Segundo levantamento da Fehosp, neste início de 2013, juntas, as Santas Casas do Estado e hospitais filantrópicos estão com dívidas de R$ 12 bilhões, que até o fim do ano devem chegar a R$ 17 bilhões, isso levando em conta o déficit anual de R$ 5 bilhões nos contratos e convênios com o SUS. 
Além disso, segundo a entidade representativa, a cada R$ 100 gastos na assistência pública, apenas R$ 65 são ressarcidos pelo governo. "Esse déficit de 35% a 40% é ainda maior nos atendimentos de média e alta complexidades. Esta distorção, aliás, é a principal origem da dívida de R$ 12 bilhões", comentou o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (PPS), ao fim da reunião realizada ontem na Assembleia Legislativa para o movimento "Reajuste já!", do qual participaram provedores de Santas Casas e hospitais filantrópicos de todo o Estado, além de deputados federais, estaduais, assim como o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), entre outras autoridades. 
Hoje, um novo encontro está programado para ocorrer em Brasília. "A proposta é fazer com que os deputados e senadores deixem de votar propostas de interesse do governo até que o Ministério da Saúde se manifeste e atenda a esse reajuste, caso contrário, não haverá alternativa a não ser a paralisação, mesmo que seja de 24 horas, dos serviços eletivos". Segundo ele, a instituição continua com déficit mensal de quase R$ 3 milhões.

Fonte:Mogi News