quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Vereadores falam em consenso sobre comissões
QUI, 03 DE JANEIRO DE 2013 00:00
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Apesar do mal-estar gerado com a saída de alguns vereadores no primeiro dia do ano, ontem (2) a maioria dos parlamentares descartaram uma divisão na Câmara / Foto Gustavo Rejani

A maioria dos vereadores descarta uma divisão na Câmara, apesar do mal-estar gerado com a saída de alguns parlamentares na eleição para a presidência, na primeira sessão do ano, e espera resolver os problemas entre os grupos políticos, a partir de um consenso sobre a formação das comissões permanentes da Casa. A meta é fazer isso antes mesmo do início das atividades parlamentares, na primeira semana de fevereiro.
Uma das saídas será a criação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para analisar e promover as mudanças no regimento interno.  Além das sessões noturnas, tribuna livre, transmissão dos trabalhos por internet e maior número de audiências públicas, também devem ser apresentadas propostas de desmembramento e aumento das atuais comissões permanentes e do número de integrantes de cada uma, podendo passar de três para cinco membros.
Ontem (1), a maioria dos 23 eleitos passou pela Câmara, que teve o dia marcado ainda por um mal-estar sentido pelo presidente Benedito Fernandes, o Bibo, que foi socorrido ao Hospital Santana (leia matérias nesta página).
O assunto mais comentado pelos vereadores, especialmente entre os novatos, é a repercussão das afirmações do vereador Mauro Araújo (PMDB), de que houve “barganha” no processo de reeleição do presidente Bibo, eleito após ter se comprometido em atender aos pedidos e estudar a implantação das mudanças ainda neste primeiro semestre do ano. Eles não concordam com o peemedebista e dizem que o apoio resultou de um acordo político.
Na opinião do vereador petista Clodoaldo de Moraes, “não houve negociata”, mas sim a apresentação de propostas que foram prontamente aceitas por Bibo e pelo grupo político que o apoia.  “A discussão foi política com objetivo de aumentar a participação popular e melhorar a imagem da Câmara perante a população”, destaca ele, afirmando que o Legislativo tem que ser mais aberto, o que não acontece atualmente. O petista acredita que as mudanças vão ajudar a ampliar o debate dos assuntos de interesse da Cidade. Ele entende, inclusive, que  muitas pessoas vão poder acompanhar mais de perto os trabalhos da Casa, analisar os projetos e também ver a postura de cada um.
O vereador Juliano Abe (PSD), apesar de não integrar o G7 - denominação do grupo formado pelos vereadores Clodoaldo de Moraes (PT), Iduigues Ferreira Martins (PT), Caio Cunha (PV), Marcos Furlan (PV), Karina Pirillo (PCdoB), Jean Lopes (PCdoB) e Carlos Lucareski (PPS) -, disse que concorda com todas as propostas defendidas pelos novatos, tanto que foi isto que o estimulou a votar no Bibo.  “Só que a agenda institucional do G7 não é novidade”, disse Abe, lembrando que uma das propostas do Plano de Gestão Parlamentar (PGP) apresentado durante a sua campanha política, é a criação da comissão do povo, nos mesmos moldes da tribuna livre, servindo como um canal aberto com a população, que vai poder se pronunciar durante as sessões. (Silvia Chimello)

Fonte:O Diário de Mogi