quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Câmara "Abandono de plenário foi ato de protesto"


Câmara
"Abandono de plenário foi ato de protesto"
Esta é a justificativa de Mauro Araújo, que junto com outros 5 vereradores, deixou o plenário da Câmara Municipal antes da eleição da mesa diretiva
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Bibo, reeleito novamente como presidente da Câmara; Araújo, abandono de plenário em ato de protesto
O ato de abandonar a Câmara Municipal e não participar das eleições para presidente do Legislativo foi classificado como "protesto" contra a forma como foi conduzido o processo de apoio ao presidente eleito, Rubens Benedito Fernandes (PR), o Bibo. Olímpio Osamu Tomiyama (PSC), Francisco Moacir Bezerra de Melo Filho (PSB), o Chico Bezerra, Mauro Araújo (PMDB), Roberto Valença (PRB), além de Carlos Evaristo e Protássio Ribeiro Nogueira, ambos do PSD, tomaram posse dos mandatos e em seguida deixaram o plenário antes da eleição para a mesa diretiva.

Bibo conquistou 17 votos, porém, o apoio decisivo partiu do G7, grupo de seis vereadores eleitos para o primeiro mandato, mais Jean Lopes (PCdoB). Para garantir a maioria, uma vez que a sua base já contava com os cinco eleitos pelo PR, mais os dois do PSDB, Bibo assinou uma carta-compromisso elaborada pelo G7, o qual listava uma série de ações que precisam ser implantadas durante o mandato, entre elas a ampliação na quantidade de audiências públicas, a tribuna livre e as sessões noturnas, com início às 19 horas. 
No entanto, o que teria gerado o estopim para o "ato de protesto" teria sido o compromisso firmado pelo presidente eleito de apoiar a formação das comissões permanentes, muitas delas apenas com a participação de nomes ligados ao G7 ou dos parlamentares do PR e do PSDB, sem espaço para os vereadores que declararam apoio ao concorrente Mauro Araújo. 
As indicações sobre a formação das comissões foram entregues a Bibo junto com a lista de apoio que contava com as 14 assinaturas. 
Entre as comissões distribuídas somente entre a base de apoio estão Finanças e Orçamento: Clodoaldo Aparecido de Moraes (PT), Carlos Lucareski (PPS) e Sadao Sakai (PR); Educação: Marcos Furlan (PV), Carlos Lucareski (PPS), e Odete Sousa (PR); Cultura e Esporte: Furlan, Jean Lopes e Sakai; e Saúde e Assistência Social: Karina Pirillo (PCdoB), Vera Rainho (PR) e Claudio Miyake (PSDB). 
"Eu entendo que no afã de atingir o objetivo fez com que a pessoa determinasse uma situação de forma impositiva", avaliou Tomiyama. "Há questões que precisam ser discutida em plenário, com os 23 vereadores e não pode ser usada como moeda de troca, de barganha", criticou o experiente vereador ao se referir as comissões permanentes. 
Tomiyama destacou que o grupo decidiu deixar a Câmara para não acompanhar a "cena de circo que estava por vir". "Eu abro mão de participar das comissões. Façam bom proveito. Tenho 30 anos de vida pública e posso dizer que a nova Câmara começou mal", avaliou.

Mauro Araujo classificou que o episódio foi um "um ato político". "Evitamos um bate boca desnecessário logo na primeira sessão do ano", amenizou. "Um grupo não pode definir os rumos da Câmara de forma isolada", salientou. "Sou favorável a todas as reivindicações feitas na carta-compromisso, mas elas precisavam ser discutidas por todo o plenário", disse. O peemedebista abriu mão de participar das comissões permanentes. "A avaliação do parlamentar é feita pelos trabalhos que desenvolve", concluiu.

Fonte:Mogi News