quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Prefeitos enfrentam dívidas e lixo na rua



Prefeitos enfrentam dívidas e lixo na rua
QUI, 03 DE JANEIRO DE 2013 00:00
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Acir Filló ajuda na limpeza dos detritos / Foto Divulgação

O primeiro dia efetivo de trabalho dos novos prefeitos eleitos da Região foi marcado por reuniões com os secretários e, em muitos casos, ainda pela busca de informações relativas aos débitos deixados pelos administradores antigos. Os chefes dos poderes executivos de cidades como Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos e Salesópolis tiveram, também, de resolver questões emergenciais como a falta de coleta de lixo e o inchaço nas folhas de pagamento.
O prefeito de Ferraz, Acir Filló (PSDB) saiu às ruas, pela manhã, para recolher, pessoalmente, de camisa e gravata, parte do lixo acumulado naquele município por falta de coleta. Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, o serviço foi suspenso pela administração anterior há pouco mais de três semanas, o que tem causado grandes transtornos à população. Filló determinou que uma ação emergencial fosse realizada a partir de ontem, com a expectativa de, em no máximo três semanas, normalizar a situação. Cerca de 3 mil toneladas de lixo estão espalhadas pelos bairros.
“Depois que concluirmos esse recolhimento, vamos passar para a segunda fase de limpeza da cidade. Vamos lavar as ruas e as calçadas e limpar os terrenos baldios”, garantiu.
À tarde, Filló se encontrou com o governador Geraldo Alckmin, do mesmo partido, para pedir ajuda para resolver alguns principais problemas do Município, como, por exemplo, o funcionamento deficiente do Hospital Regional "Osíris Florindo Coelho", a construção de uma brigada do Corpo de Bombeiros, de uma unidade da Faculdade de Tecnologia (Fatec), criação de mais uma companhia da Polícia Militar (PM). Após o encontro, Filó contou que Alckmin prometeu construir uma unidade do Bom Prato, nos próximos meses, e contratar médicos para o Hospital Regional.
Já o prefeito de Salesópolis, Benedito Rafael da Silva (PR) passou a manhã tentando descobrir de quanto é a dívida deixada por seu antecessor, Adilson Gomes de Moraes, o Bolinha (PSDB). Chegou á conclusão de que terá de  pagar, ao menos, R$ 8 milhões, emergencialmente, para começar a trabalhar com um pouco mais de fôlego. “Estamos fazendo o balancete para ver como está a situação financeira. Chegamos nessa dívida de R$ 8 milhões. Com um orçamento  anual de R$ 30 milhões, imagina como será difícil”, comentou.
Rafael destacou, ainda, que irá exonerar, logo de início, 30 cargos comissionados. “A folha está inchada demais. Quando fui prefeito, de 2004 a 2008, deixei a Prefeitura com 320 funcionários. Hoje ela tem 540 e muitos cargos são de chefia. É muito cacique para pouco índio e vamos acabar com isso”, salientou.
Já o prefeito de Itaquaquecetuba, Mamoru Nakashima (PTN) questionado pela reportagem sobre o primeiro dia de trabalho dele, respondeu: “Estou aqui, sentado na cadeira do homem”, numa referência à cadeira que foi ocupada pelo ex-prefeito Armando Tavares Filho, o Armando da Farmácia (PR). Ele foi lembrado pelo jornal que “o homem”, agora, é ele e, então, explicou. “É que a gente tem que entrar na casa dos outros com educação, devagar, sem ofender ninguém”.
Mamoru disse que não tem ideia, ainda, sobre a real situação financeira de Itaquá, mas que vai priorizar o pagamento da dívida de R$ 40 milhões junto ao INSS para conquistar a certidão negativa de débitos e poder conseguir financiamentos, novamente.
A reportagem tentou falar com o prefeito eleito de Santa Isabel, Gabriel Bina (PV), mas até o fechamento da matéria ele não retornou as ligações. (Sabrina Pacca)

Fonte:O Diário de Mogi