sábado, 19 de janeiro de 2013

Decisão judicial INSS é condenado a pagar benefício a irmãos mogianos com doença rara


Decisão judicial
INSS é condenado a pagar benefício a irmãos mogianos com doença rara
Por causa da enfermidade, meninos que moram em Jundiapeba nunca poderão trabalhar e precisam de ajuda
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Meninos que vivem em Jundiapeba têm uma doença rara na pele
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi condenado pelo Juizado Especial Federal de Mogi das Cruzes a conceder o benefício Assistencial da Prestação Continuada com renda mensal de um salário mínimo ao mogiano João Paulo Alves da Silva, de 8 anos. 
O menino e seu irmão, Riquelme, de 6 anos, sofrem de epidermólise bolhosa, uma rara doença de pele que provoca ferimentos profundos na pele, impedindo a realização de tarefas simples, como ir à escola, por exemplo. Além do benefício, o instituto também deve pagar os valores atrasados calculados a partir de novembro do ano passado, o equivalente a R$ 6 mil. Ao INSS cabe recurso. 
O caso dos irmãos, que moram em Jundiapeba, comoveu a cidade e sensibilizou moradores de várias regiões do País após ser mostrado pelo jornal Mogi News e pela TV Mogi News, em agosto do ano passado. Tudo começou com uma página criada para os irmãos no Facebook, administrada pela publicitária Carla Lorturco. No perfil, voluntários pediam doações, como fraldas e medicamentos necessários para amenizar as dores causadas pelas feridas profundas na pele das crianças. Apenas Riquelme já era beneficiado com uma pensão do INSS e outros R$ 80 do programa Bolsa Família. O instituto se negava a pagar o benefício para o irmão dele, que sofre da mesma doença. 
O advogado José Beraldo assumiu o caso voluntariamente e comemorou a sentença que obriga o INSS a pagar o benefício também para João Paulo, já que as duas crianças nunca poderão trabalhar. 
A mãe dos meninos, Eliene da Silva, recebeu muitas doações após a divulgação das matérias. "Eu sempre acreditei muito em Deus e, quando vim para Mogi, por orientação médica, sabia que algo de muito bom iria acontecer. Meu marido tem um emprego, que, apesar de pagar pouco, é estável e recebemos muitas doações. Também quero agradecer ao Grupo Mogi News, que contou a história dos meus filhos e sensibilizou moradores da cidade".

Fonte:Mogi News