sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Jardim dos Amarais I Ministério Público decide investigar várias irregularidades em condomínio


Jardim dos Amarais I
Ministério Público decide investigar várias irregularidades em condomínio
Entre as principais reclamações estão a falta de manutenção e as áreas de lazer que nunca foram construídas
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho

Além de obras inacabas, os moradores se queixam da falta de segurança no Jardim dos Amarais I; MP promete investigar
O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil para apurar "eventual existência de vícios construtivos e de possíveis irregularidades na administração do Conjunto Residencial Jardim dos Amarais I, em Mogi das Cruzes". O empreendimento faz parte do Programa Social de Arrendamento Residencial (PAR) da Caixa Econômica Federal (CEF). 
As investigações são resultado do abaixo-assinado e de um dossiê entregue à Promotoria de Justiça de Brás Cubas, que por sua vez encaminhou o caso ao MP Federal. O secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ademir Falque, foi o responsável por representar as famílias e acionar a Justiça.

A Caixa será notificada e terá que dar explicações sobre os problemas apontados, assim como a administradora do condomínio, a Caper, que também precisará apresentar as justificativas e possíveis soluções. 
Entre as principais reclamações estão a falta de manutenção e as áreas de lazer que nunca foram construídas no local. A falta de segurança é outro problema. Desconhecidos conseguem entrar facilmente na área de circulação dos moradores. Carros teriam sido furtados.

Além das melhorias na infraestrutura, quem vive no conjunto habitacional exige a troca da empresa que faz a administração. De acordo com as famílias, apesar do alto valor do condomínio, cerca de R$ 160, os serviços não são prestados com eficiência. Mais de 500 pessoas vivem no Jardim dos Amarais I, que conta com 200 apartamentos.

Com a dificuldade em manter contato com a Caper, a única alternativa foi buscar as respostas na Justiça. E não são apenas eles que encontraram problemas em buscar informações com a administradora, que conta com escritório em Poá. O Mogi News tentou por diversas vezes ligar para a empresa, mas ninguém foi encontrado.

Já a Caixa Econômica Federal informou em nota, por meio da assessoria de Imprensa, que "somente poderá emitir um posicionamento (sobre as investigações do MP) após o recebimento da citação e análise dos quesitos apontados".


Onze anos
O prédio foi entregue há quase 11 anos, porém, não conta com elementos básicos, que estão incluídos na planta. A quadra poliesportiva é um dos exemplos.

O espaço que deveria ser de lazer funciona como estacionamento improvisado. Mas, mesmo com ampliação do espaço para guardar os veículos, alguns moradores não conseguem vagas e são obrigados a deixar os automóveis nas ruas próximas. 
"Moro aqui há cinco anos aqui e sempre falam que essa quadra vai sair do papel, mas nunca acontece", disse a cabeleireira Fabiana Moreno, de 28 anos. Ela também reclamou do "parquinho" existente na área. "Eles colocaram três brinquedinhos que não recebem nenhum tipo de cuidado", disse.

Fonte:Mogi News