quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Renda Brás Cubas é a região mais pobre da cidade, diz pesquisa do IBGE


Renda
Brás Cubas é a região mais pobre da cidade, diz pesquisa do IBGE
De acordo com dados do instituto, o distrito mogiano é o que concentra maior número de famílias de baixa renda
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Divulgação

Brás Cubas, uma das principais regiões de Mogi, tem o maior número de habitantes que declararam receber até dois salários mínimos
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o distrito de Brás Cubas é o que concentra o maior volume de famílias de baixa renda e é, portanto, a região com o maior índice de vulnerabilidade social do município. De acordo com o levantamento, 37.763 habitantes deste distrito têm renda familiar de meio salário mínimo a dois salários mínimos. No geral, 131.604 habitantes da cidade possuem a mesma renda. A pesquisa mostrou ainda que 34.336 moradores do distrito de Brás Cubas declararam não ter renda mensal fixa. Também é o maior índice entre as demais regiões do município.

Os dados divulgados pelo Censo 2010 revelam que o índice de vulnerabilidade social no distrito de Brás Cubas superou o de regiões como Jundiapeba, por exemplo, que já foi considerada a mais pobre de Mogi. Isso porque o volume de projetos e programas sociais realizados em Jundiapeba e os investimentos em unidades públicas de saúde e educação melhoraram as condições sociais dos habitantes desse local (leia mais nesta página). No distrito, apenas 18.694 habitantes declararam ter renda familiar de meio a dois salários mínimos. Em seguida, está César de Souza, com 11.451 habitantes no perfil. O levantamento também mostra o perfil de Biritiba Ussu, que tem 1.884 habitantes recebendo esta mesma renda mensal. 
De forma detalhada, o Censo mostra também que 24,7% da população mogiana sobrevive com uma renda domiciliar per capita de até R$ 255. 
Apesar de alto para Mogi, o índice é o menor da região. O estudo aponta que 7,6% da população tem renda domiciliar de R$ 127,50 e 1,9% declarou ter renda de até R$ 70 mensais por pessoa. Para se ter uma ideia de como a renda se aproxima da condição de extrema pobreza, em uma família de quatro pessoas, a renda mensal chega a R$ 280. Paralelamente a esta faixa vulnerável, Mogi das Cruzes possui a maior média salarial per capita da região do Alto Tietê. 
Segundo o Censo, o ren-dimento domiciliar dos 387.779 habitantes do município é de, em média, R$ 786 mensais. 
Apesar de ser maior que o salário mínimo vigente no período da pesquisa (R$ 510), maior que a média salarial da região (R$ 589) e que a nacional (R$ 668), a cidade ficou abaixo do valor médio estadual, que é de R$ 887.

Fonte:Mogi News