Coleta de lixoLixo de Mogi viaja 100 quilômetros até aterro de Caieiras
A mudança de aterro acontece devido à restrição da Cetesb sobre o aterro Anaconda, em Santa Isabel
Noemia Alves
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Aterro da Anaconda: operações suspensas pela Cetesb
As cerca de 300 toneladas de resíduos de lixo recolhidas diariamente em Mogi passaram a ser enviadas, desde ontem, para o aterro sanitário Essencis, no município de Caieiras. Trata-se de uma viagem de cerca de cem quilômetros entre os dois municípios, que pode durar até três horas.
A mudança, que atende à decisão da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de suspender a licença de operação do aterro Anaconda, em Santa Isabel - local até então utilizado por Mogi para o depósito dos resíduos domiciliares, numa distância de 70 quilômetros - foi anunciada na quarta-feira, dia 14.
De acordo com a Cetesb, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o aterro Anaconda teve licença suspensa por causa do desmoronamento de 100 mil toneladas de lixo, no início de outubro. "O Anaconda só vai poder voltar a operar quando conseguir comprovar tecnicamente a estabilidade do aterro, sem riscos de novos acidentes, e realizar os trabalhos de recuperação da área onde ocorreu o deslizamento", afirma a Cetesb, informando que não existe prazo definido para que as normas sejam cumpridas.
De acordo com a Coordenadoria de Comunicação Social, até o momento a mudança do local do despejo dos resíduos domiciliares da cidade não afetou diretamente o cronograma de coleta do material nos bairros mogianos. Isso porque cabe à concessionária do serviço - no caso, a CS Brasil - definir o local para despejo. "É uma questão contratual", diz a Prefeitura.
A CS Brasil, por sua vez, informou que tomou conhecimento da interdição na véspera do feriado de Proclamação da República. "Como a companhia já possuía autorização para realizar a destinação no aterro Essencis, localizado em Caieiras, não houve problemas para encaminhar os resíduos coletados na cidade de Mogi e Arujá. O aterro Essencis já está sendo usado desde ontem (anteontem)", diz a companhia. Para atender à demanda, sem prejudicar o cronograma de coleta, a CS Brasil informou que ampliou o número de veículos em operação.
Como prevenção a situações semelhantes, a CS Brasil informou que já estaria em busca de novas autorizações para operar em outros aterros, em casos de emergência. Isso porque, em abril do ano passado, problema semelhante ocorreu no aterro da Pajoan, em Itaquaquecetuba, local até então utilizado pelos municípios do Alto Tietê.
Fonte:Mogi News
