terça-feira, 27 de novembro de 2012

Alerta Só três hospitais atendem casos de picada de cobra


Alerta
Só três hospitais atendem casos de picada de cobra
Daniel Carvalho

Em Mogi, a única unidade que atende esses casos é o Luzia
Nos dez primeiros meses deste ano, 29 casos de picadas de cobras foram registrados na região. Em 2011, esse número chegou a 80. O Alto Tietê conta com três unidades de saúde para esse tipo de atendimento. Em Mogi das Cruzes, o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo é o local de referência para as pessoas picadas pelos animais peçonhentos. A Santa Casa de Misericórdia de Salesópolis e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Isabel também atendem esse tipo de caso.

A doméstica Selma Pereira dos Santos, de 48 anos, foi picada por uma cobra no dia 9 deste mês e foi atendida no Luzia de Pinho Melo. Ela contou que procurou primeiramente a Santa Casa de Mogi, mas foi informada de que a unidade não possuía o remédio para o veneno. "A cobra me picou na hora em que fui recolher o lixo. Quando puxei um dos sacos, o filhote de jararaca já caiu sobre o meu pé. Conseguimos capturar e colocamos em um vidro para levar para o hospital".

Ela ficou durante quatro dias no hospital e disse que ainda sente dores no local da picada. "É muito difícil dormir. O local da picada ainda está inchado". Selma contou que o surgimento de cobras é comum no Jardim Camila, onde ela mora. "Aqui tem muito mato e por causa das queimadas elas começam a sair", afirmou.

Para evitar as picadas de cobra, é preciso seguir algumas orientações, principalmente para as pessoas que viajam ou fazem passeio na mata. É importante estar com calçado adequado, como botas, e evitar os períodos de amanhecer e entardecer, período em que os animais procuram alimento. Não recolher galhos do chão ou subir em árvores é importante, pois é nesses locais que os répteis procuram abrigos. 
Alguns cuidados devem ser tomados pelas pessoas que são vítimas de picadas. É recomendável a limpeza com água e sabão e procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo. A Secretaria de Estado da Saúde recomendou que não se corte ou chupe o ferimento na tentativa de sugar o veneno. Amarrar o ferimento também não é orientado, já que essa ação pode produzir necrose e não evita a absorção do veneno. 
Em caso de acidentes com animais peçonhentos, é possível buscar ajuda por meio do Instituto Butantan. O órgão dá orientações em situação de emergência e indica o local mais próximo para o socorro. O serviço funciona 24 horas por dia pelo telefone (11) 3726-7962. (L.N.)

Fonte:Mogi News