sábado, 11 de agosto de 2012

Trabalhador de campanha Candidatos não vão pagar cabos eleitorais


Trabalhador de campanha
Candidatos não vão pagar cabos eleitorais
Alguns prefeituráveis consideram que a contratação de cabos eleitorais remunerados é uma espécie de compra de votos, e preferem voluntários
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
Bertaiolli: apesar de contar com diversos colaboradores, assessoria garante que contratados são poucos
Apesar das altas declarações de gastos para as eleições deste ano, os seis candidatos à Prefeitura de Mogi não devem ter despesas com cabos eleitorais. Os seis informaram que a divulgação das campanhas será feita de forma voluntária, além de contar com o apoio de filiados aos partidos concorrentes. Alguns defendem que a contratação de cabos eleitorais é uma forma indireta de compra de votos. 
Com uma previsão de orçamento de campanha de R$ 3,5 milhões declarada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato à reeleição Marco Bertaiolli (PSD) não deve pagar cabos eleitorais para a divulgação da campanha. Apesar do grande contingente que acompanha o candidato durante suas caminhadas de campanha, a assessoria informa que a equipe do candidato tem menos de seis pessoas contratadas. Bandeiras com o número do candidato, nome e partido, são carregadas por voluntários da campanha.

Outro que também deve contar com a colaboração de amigos, filiados e simpatizantes para campanha é Marco Soares, que declarou um teto máximo para os gastos da campanha de R$ 10 milhões. 
Partidos de esquerda como PSTU, PSOL e PCB declararam não contratar cabos eleitorais por ideologia partidária. "A campanha deve ser defendida por posições políticas e não pelo valor gasto e investido. É por causa dessa prática, de contratar os cabos eleitorais, que as eleições são definidas hoje conforme o poder econômico do candidato. Além disso, contratando o cabo eleitoral você está, indiretamente, comprando o voto dele", afirmou Edgar Passos, do PSTU. Ele informou que já existem voluntários e filiados trabalhando na campanha, mas não soube mensurar o volume de pessoas porque o partido ainda não atualizou o cadastro. 
Para o candidato do PSOL, Jorge Paz, a contratação de cabos eleitorais também caracteriza compra de votos. "Chamamos os voluntários de companheiros porque eles acreditam no ideal do partido, e por isso estão envolvidos na campanha. Temos cerca de 100 voluntários trabalhando na campanha dos vereadores, inclusive. Além disso, muita gente leva o material de campanha para os bairros para distribuir entre os vizinhos", comentou.

O presidente do PPS, Delmiro Gouvea informou que poderá contratar cabos eleitorais a partir de setembro. Mas disse que o voluntariado também deve fortalecer a campanha. "Temos candidatos a vereador que, sozinhos, já têm de 20 a 30 pessoas trabalhando. São parceiros que se dispuseram a trabalhar gratuitamente", explicou.

Segundo apurou o Mogi News, alguns cabos eleitorais contratados recebem, em média, R$ 700 e vale refeição e transporte.

Fonte:Mogi News