sábado, 18 de agosto de 2012

Acidente ambiental: Cetesb vistoria área na Volta Fria


Acidente ambiental
Cetesb vistoria área na Volta Fria
Segundo a Companhia Ambiental, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, está cumprindo o determinado em 2010
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Jorge Moraes
Área na Volta Fria foi atingida em 2010 por um vazamento
Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) vistoriaram, anteontem, a área da Volta Fria onde um duto da Transpetro, subsidiária da Petrobras, rompeu em 2010, provocando o vazamento de 180 mil litros de combustível. 
A vistoria aconteceu após o Mogi News retomar o assunto, mostrando que, dois anos após o pior acidente ambiental dos últimos 30 anos da história da cidade, cerca de 30 pessoas ainda moram no local e convivem com o forte cheiro de gasolina. A Cetesb informou que a Transpetro está cumprindo o que foi determinado na época do acidente e que atualmente está instalando poços de monitoramento na área. A subsidiária chegou a ser multada em R$ 130 mil e foi obrigada pela Cetesb a fazer uma investigação detalhada da água e do solo para identificar a gravidade da contaminação. Em um relatório prévio, feito em 2010, a estatal informou que o vazamento atingiu a água, a vegetação e a fauna local e que o líquido afetou de três a quatro hectares da várzea do rio Tietê, o que significa uma contaminação do solo e da água subterrânea de até 40 mil metros quadrados, o equivalente a quatro campos de futebol.

Segundo a companhia, a remoção da gasolina superficial do solo foi concluída em 2010 e a Petrobras apresentou um plano de monitoramento das águas superficiais e dos poços artesianos. O projeto foi executado e apresentado à companhia em 2011 e revelou que os poços não estão contaminados. Agora, a estatal deve apresentar um novo relatório de investigação, que está sendo feito pela empresa contratada pela Transpetro, a Essencis Soluções Ambientais. Os moradores garantem, porém, que o trabalho de recuperação da área só começou há menos de um ano. 
"Só há seis meses é que a Petrobras voltou a trabalhar nessa região, depois de muitas reclamações. Além disso, ninguém confirma se a água do poço está ou não contaminada", disse o morador José Machado.

A Defensoria Social protocolou, na quinta-feira, um ofício na Cetesb em São Paulo, solicitando uma atuação mais efetiva da companhia no caso. Além de aplicação de multa contra a Petrobras, a Defensoria Social pediu a retirada das 30 pessoas que moram perto do local do acidente, além do isolamento da área.

Fonte:Mogi News