O coordenador do Procon de Mogi, Dori Boucault, participou da fanfarra do Liceu Braz Cubas / Foto Divulgação
Resgatar a história da fanfarra do Liceu Braz Cubas, que marcou época e levou o nome de Mogi das Cruzes aos mais disputados concursos de todo o País, conquistando várias premiações nas décadas de 50 e 60. Este é o objetivo do projeto “Memória da Fanfarra”, que será lançado neste ano e contará com espaço para exposição de objetos, fotografias e lembranças dos bons tempos do grupo musical formado pelos alunos.
Uma série de ações está sendo preparada para reunir ex-integrantes da fanfarra – que devem participar de um encontro no final do ano -, assim como troféus, medalhas, uniformes, fotografias, diplomas, mascote, discos, filmagens e outras relíquias desta época de ouro. Uma delas é o facebook Fanfarra Liceu Braz Cubas, que já está no ar. No próximo mês, estreia o hot site da fanfarra e a escola lançará uma edição especial do Jornal do Liceu detalhando o projeto de valorização da Cidade e de seus personagens.
Assim como a direção do Liceu, muitos mogianos defendem o resgate da memória da fanfarra do Liceu, que ajuda a recontar a própria história da Cidade. Um deles é Isidoro Dori Boucault Netto, filho do fundador do grupo, o ex-diretor da escola, Plínio Boucault. “Todos os anos, o desfile da fanfarra, em comemoração ao 1º de setembro, era como um presente para mim, que nasci no dia do aniversário da Cidade”, conta.
A ligação de Dori com a fanfarra começou cedo. Aos 3 anos, ela já saía pelas ruas acompanhando os músicos, sempre ao lado do pai e, aos 10, manteve em segredo o novo uniforme idealizado pelo diretor do Liceu, com inspiração na farda da Guarda da Rainha da Inglaterra: vestimenta vermelha, com chapéus pretos revestidos com peles semelhantes aos usados pelos oficiais no Palácio de Buckinghan.
“Ele me mostrou, em casa, os modelos que estavam em sua pasta, mas pediu que não contasse para ninguém antes do desfile. Cumpri o acordo e me lembro da emoção, quando a fanfarra entrou com seu novo uniforme na avenida. Todo mundo se surpreendeu”, recorda Dori, contando que o símbolo da fanfarra era o personagem Pernalonga. (Carla Olivo)
Fonte:O Diário de Mogi
