EleiçõesMovimento popular exige plano de ação dos candidatos a prefeito
Grupo formado por representantes de quase 30 entidades fará documento que será assinado por prefeituráveis
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Moraes: "Reunião será sábado, local e horário serão definidos"
Os candidatos à Prefeitura de Mogi das Cruzes assinarão um documento se comprometendo a cumprir um plano de metas. A iniciativa será a primeira ação da Rede Nossa Mogi, um grupo apartidário formado neste momento por quase 30 entidades de classe, empresas, organizações e representantes da sociedade civil.
A assinatura será dia 13 de setembro, quando também ocorrerá um debate entre os prefeituráveis, organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mogi. O objetivo é que os vereadores eleitos também assinem um plano de metas específico.
De acordo com um dos idealizadores da rede, o professor e o historiador Mário Sérgio de Moraes, o plano de metas vai traçar o que precisa ser feito para a criação de uma cidade sustentável. "Vamos unir todos os integrantes e formular propostas que precisam ser colocadas em prática pelo próximo chefe do Executivo", disse.
Uma nova reunião será realizada no sábado, com horário e local a serem definidos. "Já nos reunimos umas cinco vezes para iniciar a estruturação do grupo", revelou Moraes. "Vamos abranger um campo maior de atuação e não ficaremos focados em apenas um segmento. Poderemos atuar em diferentes áreas como transporte, saúde, segurança, patrimônio, enfim, abriremos o leque", revelou.
A inspiração para criar a Rede Nossa Mogi veio da capital. A rede Nossa São Paulo conta com quase 500 organizações. Criada em 2008, ela fiscaliza a política pública. "Eles têm um site onde é possível ter acesso as informações das mais diferentes áreas, de saúde a cultura. São diversos levantamentos extremamente meticulosos e é este nível que queremos atingir na cidade", afirmou o historiador. No site é possível verificar uma série de indicadores sociais e econômicos.
"A rede não faz apenas o papel de fiscalização, mas verifica de onde vem o investimento, qual é o prazo de conclusão do projeto, como as licitações foram feitas, e também apresentam propostas", contou Moraes. "Quando conversarmos com os representantes do Poder Público não será um diálogo apenas ideológico, mas contará com argumentos baseados em números", detalhou.
Na capital, a rede conseguiu criar a lei do plano de metas. Ela chegou a ser aprovada na Câmara dos Vereadores de São Paulo e exige que ele seja executado. "Nossa primeira ação será a assinatura do plano e já traçamos duas outras prioridades: a lei de transparência, que divulga o salário e os benefícios recebidos pelos servidores municipais, e a criação de um site semelhante a Rede Nossa São Paulo", contou Moraes.
Fonte:Mogi News
