sábado, 2 de junho de 2012

Atendimento ruim Pacientes com câncer protestam



Manifestantes conversaram ontem com promotor de Justiça e depois seguiram para o hospital estadual
Jamile Santana
Da Reportagem Local
Erick Paiatto

Grupo protestou com cartazes; atendimento ruim causa revolta
Pelo menos 30 pessoas, entre pacientes que eram tratados no Hospital do Câncer "Dr. Flávio Isaias", amigos e parentes, fizeram um protesto em frente ao Fórum de Mogi com cartazes para reclamar das condições de tratamento no Hospital Luiza de Pinho Melo, que passou a receber estes pacientes no início de maio, após denúncia de supostas irregularidades do Centro Oncológico. No Luzia, dizem, falta de tudo: estrutura, medicamento e encaminhamento rápido.


O protesto começou por volta das 14 horas. A dona de casa Isabel Senzake, de 65 anos, que tem câncer, fez uma cirurgia para a retirada do tumor em 2009 e seguia em tratamento no Hospital do Câncer. 
Há um mês, ela foi diagnosticada com nódulos no pulmão, mas não consegue fazer os demais exames e nem encaminhamento para iniciar a quimioterapia ou radioterapia. "Fico me perguntando onde estão os nossos governantes que não tentam solucionar o problema de quem precisa", disse. No Luzia de Pinho Melo, ela foi informada de que uma equipe a procuraria com uma data para os exames, o que não aconteceu. 
A estudante de Direito Silvana Nakano também estava indignada. O pai dela tem câncer na próstata e fazia quimioterapia no Centro Oncológico. "Depois da mudança para o Luzia tudo piorou. Fomos informados de que ele só retornará com o tratamento em dezembro e ele está sem os medicamentos para controlar a doença. O estado de saúde dele está se agravando", disse.


Uma comissão foi recebida pelo promotor Fernando Paschoal Lupo, que já instaurou um inquérito para apurar o relatório da auditoria feita pela Secretaria de Estado da Saúde que desencadeou o processo de descredenciamento do HC, bem como a defesa apresentada pelo hospital. Ele encaminhou os pacientes para a direção do Luzia. 
O superintendente do hospital, João Luiz de Miranda, recebeu os manifestantes. Ele negou que faltam medicamentos e disse que não existe fila de espera. O telefone para informações é o 3583-2876.


Fonte:Mogi News