domingo, 27 de maio de 2012

Câncer Promotor ouve diretores de hospital


Os médicos prestaram depoimento sobre o atendimento realizado na unidade aos pacientes com câncer
Daniel Carvalho

Ministério Público está atento ao atendimento dos pacientes com câncer no Hospital Luzia
O promotor de Justiça Fernando Paschoal Lupo recebeu na última semana, no Fórum de Mogi das Cruzes, dois diretores do Hospital Luzia de Pinho Melo. Os médicos, que não tiveram os nomes revelados, prestaram depoimento sobre o atendimento realizado na unidade, desde o dia 2 último, aos pacientes com câncer e que antes eram atendidos no Centro Oncológico e Hospital do Câncer "Dr. Flávio Isaías Rodrigues", que está sob processo de descredenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O governo estadual alega ter encontrado irregularidades no Hospital do Câncer em auditoria realizada no fim de 2011.


Ao representante do Ministério Público, que avalia denúncias de práticas irregulares no Hospital do Câncer, os diretores do Hospital Luzia de Pinho Melo confirmaram o prazo de julho para estabelecer "por completo" o atendimento ambulatorial e de quimioterapia aos pacientes com câncer. Isso porque, desde que o Hospital Luzia de Pinho Melo assumiu os serviços do Centro Oncológico, no início do mês, são inúmeras as reclamações de pacientes sobre demora no atendimento (mais de três horas de espera) e falta de medicamentos, além de serviço precário no setor de quimioterapia. 
"Trata-se de um período de adaptação do serviço e que iremos respeitar, contudo, continuaremos acompanhando para verificar se há o comprometimento do serviço à população", frisou Lupo. 
O representante do Ministério Público confirmou ainda que dará andamento às investigações de supostas irregularidades e fraudes que cometidas pelo hospital particular e aguarda informações da Secretaria de Estado da Saúde sobre o contrato firmado com o Luzia de Pinho Melo, além do relatório da auditoria realizada no ano passado e que teria detectado desvios de recursos, entre outros atos ilícitos, de prejuízos estimados em R$ 20 milhões. 
O delegado seccional João Roque Américo também abriu inquérito para apurar denúncias de eventual crime praticado pela direção do Centro Oncológico e nomeou a delegada assistente Valéria Belmonte Moreira para realizar as investigações para apurar suposto desvio de dinheiro e improbidade administrativa, denúncias formalizadas pela Procuradoria Geral da Justiça. 


Fonte:Mogi News