A crise na área da saúde que atinge os municípios da Região do Alto Tietê e que coloca em xeque a capacidade de atendimento da Santa Casa de Mogi das Cruzes chama a atenção para uma questão que permanece adormecida e que só é lembrada em momentos como esse: a necessidade de ampliação do Hospital Luzia de Pinho Melo, por meio da construção de novos pavimentos que possibilitem aumentar a capacidade de atendimento em diferentes segmentos da Medicina. Condições técnicas para isso não faltam. Médicos e professores universitários mogianos que acompanharam, na década de 70, o projeto e início da construção do prédio, localizado no Bairro do Mogilar, pela Universidade de Mogi das Cruzes, sabem perfeitamente que o imóvel recebeu fundações e estruturas suficientes para ter praticamente o dobro de pavimentos hoje existentes. Isso significa que se houver interesse da parte do Estado, o edifício onde funciona o Hospital Luzia poderá subir mais alguns andares, suficientes para, ao menos, minimizar os problemas de atendimento que hoje atormentam o sistema de saúde dos municípios do Alto Tietê e que contribuem para a superlotação da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes. E por mais que possa se lembrar que a Cidade irá receber, em breve, o apoio do Hospital Municipal de Braz Cubas, ainda assim, a ampliação do Luzia não deixa de ter importância, já que se trata de um hospital de ponta, capaz de atender a especialidades que não estarão disponíveis, a princípio, na unidade do mais populoso Distrito mogiano. Para que Mogi e demais cidades do Alto Tietê possam vir a contar com tal melhoria, entretanto, é necessário que os deputados e a classe política em geral comecem a se mexer bem cedo. Afinal, não é possível que o único hospital filantrópico da Cidade, a Santa Casa, continue pagando um preço tão alto pela falta de um melhor atendimento do Estado na área da saúde pública. Que venha, portanto, a ampliação do Luzia.
Fonte:O Diário de Mogi
